A Polícia Federal (PF) desencadeou, na manhã desta quarta-feira (27), uma nova etapa de investigações sobre um esquema fraudulento que teria sido criado para aplicar golpes na Caixa Econômica Federal, utilizando-se da cobrança irregular de precatórios.
Na segunda fase da chamada Operação Predatórios, os agentes federais cumpriram dois mandados judiciais de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em locais no Distrito Federal e em São Paulo, relacionados aos investigados. Além disso, a Justiça, a pedido da PF, ordenou o bloqueio judicial de R$ 57 milhões dos suspeitos.
Segundo a PF, a atuação da suposta "organização criminosa" começou a ser investigada em 2024, após servidores da área de segurança da própria Caixa desconfiarem de dois homens que tentavam sacar R$ 57 milhões referentes a um precatório, em uma agência bancária localizada na Esplanada dos Ministérios.
Os dois homens - um deles advogado - foram presos em flagrante. Seus depoimentos ajudaram os investigadores a identificar outros supostos membros da organização criminosa, que utilizava documentos falsos, incluindo procurações públicas registradas em cartório, para sacar o dinheiro destinado ao resgate de precatórios judiciais.
Com base nas primeiras provas reunidas, a PF lançou, em 26 de junho de 2024, a primeira fase da Operação Predatórios, durante a qual foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.
Devido a restrições legais, a PF não divulga os nomes dos investigados, que responderão por crimes como estelionato qualificado contra a Caixa, falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa, além de outros crimes que possam ser identificados.
Consultada pela reportagem da Agência Brasil, a Caixa ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Com informações da Agência Brasil