O 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Apucarana iniciou, em parceria com o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), a construção de um canil para abrigar os cães que atuarão no combate ao crime. O projeto em execução prevê a construção de um prédio com 276 metros quadrados e a estimativa é que a obra seja concluída em julho de 2016.
Cinco cães passam por treinamento e a corporação estima que, ainda este ano, os animais passem a reforçar o trabalho policial em operações, sobretudo, nos trabalhos de combate ao tráfico de drogas. Segundo o tenente Thiago Mendes dos Santos, que coordena o projeto, a construção da obra foi viabilizada por meio de doações destinadas ao Conseg. “É uma obra do Conseg. A polícia cedeu espaço, policiais, viaturas e treinamento dos animais, mas somente o Conseg recebe doações, que são muito importantes”, diz.
No início do projeto foram destacados cinco policiais para adestramento de cães. “Fizemos três cursos até o momento. Cada policial trabalha com um animal para que seja criada uma relação de controle e obediência”, explica.
O trabalho árduo desenvolvido pelos adestradores já mostra resultado. O golden retriever Thor, chegou há 6 meses para os treinamentos e já se destaca como um excelente cão farejador para a localização de drogas. A raça está entre as mais utilizadas para esse tipo de ação graças ao faro apuradíssimo (são mais de 200 milhões de células olfativas enquanto o homem tem apenas 5 milhões), além da aptidão para caça.
“O ponto forte do cão de faro de drogas é que ele consegue encontrar o entorpecente onde os olhos humanos não enxergam”, comenta o tenente.
Mais quatro cães formam o ‘efetivo’ do canil. São três pastores belga malinois e um rottweiler em treinamento para localização de drogas e acompanhamento da equipe durante patrulhamentos.
Santos está na expectativa para colocar os cães em ação e ressalta que o canil surge como uma opção de força menos letal do que o uso de armas de fogo.
“O cão é extremamente importante no serviço policial tanto na parte de demonstração de força, para que não precise utilizar ostensividade, quanto no auxílio em operações em ambientes prisionais”, conclui.
O tenente explica que após a construção do prédio, ainda será necessária autorização do Comando Geral atestando a capacidade do canil e também da clínica do cão, que será viabilizada por meio de parcerias com veterinários da cidade para atendimento dos animais.
O investimento necessário para a execução do projeto é da ordem de R$ 200 mil, informa a presidente do Conseg, Ana Maria Schmidt. “O Conseg apoia a iniciativa porque Apucarana merece ter segurança e porque precisa ter segurança”, pontua. Todo o material utilizado na obra foi adquirido por meio de doações.