Prefeitos e secretários da região participaram de reunião ontem com diretoria do Ciuenp | Foto: Ivan Maldonado
O impasse a respeito da implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que se arrasta desde 2010, na região de Ivaiporã pode estar perto de uma solução. Ontem, prefeitos e secretários de saúde dos 16 municípios que compõem a 22ª Regional de Saúde (RS) reuniram-se com diretores do Consórcio Intermunicipal de Urgência e Emergência do Noroeste do Paraná (Ciuenp), que tem sede em Umuarama.
O consórcio executa ações e serviços na regulação de urgências, transporte de pacientes graves e atendimento pré-hospitalar móvel e a adesão da regional ao Ciuenp pode baratear os custos de implantação do sistema.Segundo o prefeito de Umuarama e presidente do Ciuenp, Moacir Silva (PDT), atualmente o consórcio regula o funcionamento do Samu de 85 municípios com população estimada em 1 milhão e 50 mil pessoas, o que representa 23% do atendimento no estado. Com a adesão dos municípios da regional de Ivaiporã, o Ciuenp terá agregado mais 130 mil habitantes representando 30% dos atendimentos paranaenses.
“Seremos mais de 100 municípios, o maior Samu do Brasil. Teremos condições e força diante do Estado e do Governo Federal para outras conquistas, como também a redução dos custos por município”, destaca Silva. A previsão de receita do Ciuenp para 2016 é de R$ 23,6 milhões.Silva defende que a adesão da 22ª RS ao Ciuenp é uma ótima oportunidade, tanto para os municípios que já integram o consórcio como para os novos.
“Até porque eles vão pegar um consórcio que já está funcionando desde 2010 e com uma estrutura de atendimento preparada. Além disso, quanto maior o consórcio melhor a condição de barateamento dos custos para todos os municípios”. O prefeito de Ivaiporã, Luiz Carlos Gil (PMDB), considerou positiva a reunião. Segundo Carlos Gil, ontem mesmo, os prefeitos presentes assinaram um pedido de integração ao consórcio.
“Até agora de tudo que nos foi apresentado, a melhor proposta é a da central de Umuarama. Hoje (ontem) encaminhamos um pedido de aceitação por parte do consórcio e se for aprovado, vamos reunir os 16 prefeitos e tentar implantar esse serviço que é fundamental e necessário para a população da nossa região”, completa Carlos Gil. Clodoaldo Fernandes dos Santos, presidente do Conselho Regional dos Secretários Municipais de Saúde (CRESEMS) da 22ª Regional de Saúde disse que esse foi o primeiro passo para a implantação do serviço.
“Depois de muitas negociações, hoje demos um passo muito sólido. Vamos aderir a esse serviço para que a nossa região possa implantar o Samu com a certeza de funcionamento e não como uma esperança de funcionamento”, assinala Fernandes.