Apucarana registrou um volume de chuvas de 670,8 mm nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, o que corresponde ao dobro da média histórica do município. Neste cenário, os prejuízos foram grandes em diversos setores.
“O excesso de chuvas também resultou no atraso da colheita de soja e prejuízos na construção civil. Gerou ainda uma sobrecarga nos serviços de manutenção das estradas vicinais, das ruas no perímetro urbano e do trabalho das equipes de roçagem”, avalia o prefeito Junior da Femac.
O prefeito informa que duas equipes estão atuando na cidade – nos dias de estiagem -, no trabalho de tapa-buracos e recape em alguns setores mais danificados. Na zona rural, a prefeitura também mantém duas equipes com operários e maquinários trabalhando diariamente para recuperar as estradas. Um dos casos mais urgentes é a reconstrução das galerias pluviais do final da Rua Grande Alexandre, na Vila Nova.
Segundo Paulo Sérgio Franzini, do Departamento de Economia Rural (Deral), do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, houve um volume maior de chuvas a partir de dezembro e isso foi intensificado em janeiro e fevereiro. “As chuvas estão bem acima da média. Em fevereiro, choveu 340 milímetros sendo que o normal para esse mês é 170 milímetros, ou seja, choveu o dobro do esperado”, exemplifica. Outro aspecto que chama a atenção é a sequência de chuvas. “Dos 28 dias do mês de fevereiro, somente em cinco dias não houve registro de chuva e, mesmo assim, o tempo ficou encoberto nestes dias”, reitera.
As condições climáticas estão sendo muito prejudiciais para a agricultura, afetando as culturas da soja, milho e hortaliças. “O ciclo da soja se prolongou pela falta de luminosidade e agora, na hora tirar o grão da lavoura, as chuvas também estão atrapalhando e somente entre 30% e 40% da safra foi colhida até o momento, sendo que o normal seria 60% para esta época”, afirma. Além disso – continua Franzini – as chuvas também vêm afetando a horticultura. “Especialmente as folhosas, o que está provocando a elevação dos preços ao consumidor”, completa o economista do Deral.