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Arapongas implanta novo parque industrial

Vanuza Borges

| Edição de 03 de setembro de 2016 | Atualizado em 02 de dezembro de 2016

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Autorizado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), o novo parque industrial de Arapongas começa a licitar os lotes para empresas interessadas em novembro. Com 28 alqueires, o parque Francisco Marcos Pennacchi também tem data para ser entregue. A previsão da prefeitura é que toda a infraestrutura fique pronta em 2018.

A unidade, também chamada de Parque 15, quando estiver em pleno funcionamento deve gerar 1,5 mil empregos diretos. São 71 lotes industriais que terão outras estruturas de apoio. O novo parque industrial corresponde a 28 alqueires, que foi subdivido em quatro áreas.

Imagem ilustrativa da imagem Arapongas implanta novo parque industrial

“Elaboramos um projeto para que este parque industrial seja modelo em todo o Estado”, revela o secretário de Indústria, Comércio e Turismo Claudemiro Miguel Sanchez. Além da infraestrutura industrial, a unidade terá creche, para atender os operários com filhos, e restaurante.

Sanchez explica que o empreendimento entrou em uma nova fase com a liberação da licença de instalação concedida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) na última terça-feira. “O terreno foi comprado pelo município há três anos e, neste período, a secretaria trabalhou em diversos trâmites burocráticos. Agora, com este documento, vamos conseguir fazer a matrícula individual de cada lote e poderá ser colocado à venda”, explica.

Segundo o secretário, era o que faltava para caminhar com as obras do parque. A expectativa de Sanchez é que a licitação de venda dos lotes comece em novembro. “Ainda estamos trabalhando no projeto e ajustando alguns detalhes”, avisa. O empreendimento foi dividido da seguinte forma: 437 mil² será destinado para construção de indústrias, 27mil m² de área institucional (onde ficará a creche e o restaurante), 65 mil m² de área verde e 151 mil m² de área de circulação. “A área verde é outro diferencial do parque. O previsto na legislação é de 5% de área verde, nós temos 9,62%”, comenta.

Sanchez observa que o projeto, além de prever a construção da creche - que deverá ser administrada pelas empresas ou sindicados dos trabalhadores -, abriga um restaurante também terceirizado. “No espaço institucional também estamos trabalhando junto com o Sebrae e Senai, para que tenha uma incubadora e também um centro de tecnologia”, diz.

De acordo com ele, a intenção é manter Arapongas como maior polo moveleiro do Paraná. “Para isso, precisamos crescer, construir novos parques”, argumenta. Por outro lado, o secretário comenta que também vai trabalhar na diversificação econômica. “Assim que o projeto estiver pronto, vamos visitar feiras para que outras empresas conheçam a estrutura disponível em Arapongas”, adianta. Atualmente, conforme Sanchez, há cerca de 100 empresas interessadas nos lotes.

Sanchez revela que os lotes serão vendidos a preço de custo. O município pagou pelo lote R$ 7,8 milhões. “O metro quadrado deve sair entre R$ 70 a R$ 75. “A entrada será de 20% e o restante parcelado em até 72 vezes. Com esse valor, a Prefeitura vai conseguir construir toda infraestrutura necessária. A intenção do município não é lucrar, mas proporcionar meios para que as empresas se desenvolva e torne a economia ainda mais forte”, afirma.

Projeto inclui ciclovias

Sobre a infraestrutura, o secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Claudemiro Miguel Sanchez, comenta que o Parque Industrial 15 irá atender empresas de pequeno e grande porte. Segundo ele, todas as vias terão ciclovias e calçamento ecológico. “O sistema de captação de água fluvial será despejado no Ribeirão Bandeirantes, mas não causará nenhum dano ambiental, porque será construído quatro dissipadores de energia. Normalmente seria feito um, vamos fazer quatro, para não danificar a mata ciliar”, afirma.

“A tubulação será dupla. Vão descer dois tubos de cada lado dos canteiros, para quando tiver um problema, nenhuma empresa terá o abastecimento prejudicado”, garante. Outro detalhe é o planejamento das vias. “As avenidas principais são duplas, mas todas as ruas terão ciclovias, calçamento ecológico e foram projetadas para transitar dois caminhões e um estacionado”, assinala.

Sanchez comenta ainda que futuramente, caso os empresários queiram, será possível fazer um condomínio industrial. “A Viapar já se comprometeu em construir um novo muro na área limite do parque, o que facilitará a transformação em condomínio”, diz. A mudança foi necessária para dar acesso ao parque.