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‘Capivara da estrada’: apucaranense quer rodar o mundo em uma Towner

Silvia Vilarinho

| Edição de 06 de outubro de 2022 | Atualizado em 06 de outubro de 2022
Imagem descritiva da notícia ‘Capivara da estrada’: apucaranense quer rodar o mundo em uma Towner

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Viajar pelo Brasil e conhecer outros países, é o sonho de muitas pessoas, mas poucas conseguem colocar em prática. Em Apucarana, um morador que já foi de tudo um pouco resolveu deixar tudo para trás e, em breve, vai rodar pelas estradas.

Renato Aparecido Ferreira, de 32 anos, investiu praticamente tudo que tinha, um escape de moto e R$ 6.900, para comprar uma Towner ano 95. Após adquirir o veículo surgiu a ideia: deixar com a cara de Apucarana.

O alto da minivan é decorado com o bichinho que é símbolo da cidade: a capivara. Mas não é só isso. Essa capivara usa um boné, o produto que é a marca da cidade. Nas laterais, imagens da Catedral Nossa Senhora de Lourdes e assim nasceu a ‘capivara da estrada’. 

“Desde criança sempre gostei de conhecer lugares e sempre desejei sair viajando. Em maio deste ano, deixei um emprego, e pensei, o que vou fazer da vida? Na hora pensei, vou realizar meu sonho, pensei em sair andando, viajar a pé, mas resolvi investir meu dinheiro e comprei o veículo que nem fabrica mais. Fiz alterações, revisões, está tudo em dia e para sair pela estrada, pensei em levar o nome de Apucarana, por isso resolvi colocar a capivara, afinal, o animal é típico e queridinho na cidade, o boné, pois Apucarana é a capital do boné, e a Catedral, que é um dos pontos turísticos”, explica.

Além do Brasil, Renato quer passar pelo México, Colômbia e, quem sabe, chegar nos Estados Unidos. A intenção é começar a viajar para valer no final de outubro. “No final deste mês quero chegar até Camboriú, em Santa Catarina, depois, quero ir para o Rio Grande do Sul, conhecer uma fazenda de capivaras, depois quero conhecer os país da América Latina e quem sabe chegar nos Estados Unidos”, detalha.

Renato, sempre bem-humorado, promete mostrar a rotina das viagens nas redes sociais. O aventureiro já trabalhou como gerente de agropecuária, preparador de cadáver e entregador.

O sonho que Renato começa a concretizar quase foi interrompido por um gravíssimo acidente de trânsito que o deixou quatro dias em coma e 14 dias na UTI e mudou sua forma de ver e viver a vida.

“Eu sofri duas paradas cardíacas, fiquei na cama, usei fraldas, isso faz sete anos, mas de lá para cá, sou outra pessoa. Não guardo mais dinheiro, não vivo pelo dinheiro, não passo vontade, o que eu tenho vontade de fazer eu faço, me tornei uma pessoa diferente, que ama viver e agora vou realizar meu grande sonho. Quero incentivar outras pessoas, mostrar que não precisa de tanto dinheiro para ser feliz”, finaliza. (SÍLVIA VILARINHO)