Os 120 recenseadores treinados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Apucarana e 14 agentes censitários iniciaram ontem a coleta de dados do maior e mais importante estudo sobre a população brasileira. A pandemia da Covid-19 e falta de recursos para a realização do Censo Demográfico adiaram em dois anos a realização da pesquisa.
O coordenador de área do IBGE em Apucarana, Rafael de Castro Francisquini, explica que os recenseadores de Apucarana vão de casa em casa aplicar o questionário do Censo.
“As perguntas serão sobre escolaridade, trabalho, rendimento, saneamento básico, migração, entre outros”, disse
Rafael ainda explica que todos os recenseadores do IBGE estão identificados com boné e colete, além do crachá de identificação. Dentro do crachá há um QR Code e o cidadão pode apontar a câmera do celular para esse código, para confirmar o nome e a foto do recenseador e verificar se ele é, de fato, servidor do instituto.
Para coletar dados sobre a condição de vida dos apucaranenses, em geral, os recenseadores vão primeiro fazer a área urbana, e depois a zona rural.
Rafael explicou que o questionário aplicado depende da quantidade de moradores no domicílio. “Temos dois tipos de questionário: básico e amostra. O básico tem menos perguntas e dura em média 7 minutos. A amostra contém mais perguntas e não é aplicada em todos os domicílios”, disse.
O coordenador ainda observou que o quantitativo de domicílios a serem visitados fica difícil de ser estimado pois o último Censo aconteceu em 2010, e os dados estão bastante defasados.
Rafael alerta que o Censo é a maior pesquisa do Brasil e vai orientar as políticas públicas do país pelos próximos 10 anos e por isso tem tamanha importância na vida de toda a população.
“Um exemplo da sua importância é o repasse de verbas para os municípios, que tem como base o número de habitantes, dado apontado exclusivamente pelo Censo. Além disso, para o setor privado é importante saber as características dos municípios para orientar seus investimentos”, finaliza
Arapongas ainda contrata recenseadores
Em Arapongas, a coleta e dados começou em meio a realização de um Processo Seletivo Simplificado (PSS) emergencial. Cinquenta e cinco agentes censitários estão em processo de contratação. De acordo com a Agente Censitária Municipal de Arapongas Brenda Hikary Takahashi, mesmo com a defasagem de mão-de-obra, o trabalho começou com os 50 contratados durante o período regular. “ Arapongas precisa de pelo menos 110 recenseadores para realizar o trabalho, por essa razão, abrimos esse processo de recrutamento emergencial, para a contratação de mais 55 pessoas para realizar o trabalho”, explicou.
As inscrições para o PSS de recenseador se encerraram ontem. “Já temos quase uma centena de inscrições, por isso, acreditamos que conseguiremos contratar o número suficiente de pessoas para realizar o Censo em Arapongas”, declarou. (ALINE ANDRADE)
Na região de Ivaiporã, são 36 recenseadores
Na região de Ivaiporã, de acordo com o coordenador censitário Lucas Morello, 36 recenseadores vão visitar domicílios na cidade e também em Ariranha do Ivaí e Arapuã.
Clovis dos Santos, servidor aposentado e ex-chefe do IBGE de Ivaiporã, por residir próximo à sede do IBGE foi um dos primeiros a ser recenseado na cidade. Para os municípios de Jardim Alegre e Lunardelli são 16 recenseadores e dois agentes censitários. Para os municípios de São João do Ivaí foram contratados 13 recenseadores e dois agentes censitários.
Para ele, o Censo é uma ferramenta importante para o país porque permite conhecer os detalhes de como a população vive, quantas são as pessoas e onde elas estão.
“O pessoal estava ansioso aguardando há mais de 10 anos. O Censo do Município atualizado traz várias vantagens para o sistema de saúde, para economia e para as políticas públicas, por isso é importante que todos sejam recenseados”, disse Clovis dos Santos.