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Com redução de pacientes, Central da Dengue é desativada em Apucarana

Da Redação

| Edição de 11 de junho de 2024 | Atualizado em 11 de junho de 2024
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Com quase 33 mil atendimentos realizados em cinco meses de funcionamento, a Central de Combate à Dengue, no Ginásio Lagoão, em Apucarana, foi desativada ontem. A estrutura médica foi criada pela prefeitura, por meio da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), para atender os apucaranenses com sintomas da doença, começou a funcionar no dia 24 de janeiro e teve o seu último dia de atendimento nesta terça-feira. Foram 32.598 pessoas atendidas até a tarde de ontem.

Ao comunicar pessoalmente a desativação da central, em entrevista coletiva, o prefeito Junior da Femac, acompanhado do secretário Emídio Bachiega e de outros superintendentes da AMS, prestou agradecimento aos médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e demais profissionais que trabalharam no Lagoão durante epidemia da dengue.

Segundo a AMS, a medida foi tomada pela redução paulatina da demanda. O número de atendimentos no local que, no pico da epidemia da doença, foi de 450 a 500 pessoas ao dia, nas últimas semanas caiu para uma média de 60 pacientes/dia. “Diante dessa redução significativa de casos de dengue, será possível atender a demanda atual com os serviços que continuam sendo prestados nas Unidades Básicas de Saúde e, em especial, na UBS Bolivar Pavão, no Jardim América (primeiro local de referência no atendimento dos casos de dengue), bem como na Unidade de Pronto Atendimento (UPA)”, informa o secretário de saúde, Emídio Bachiega, destacando que, caso seja necessário, a Central de Combate à Dengue poderá ser reativada.

O superintendente da AMS, Odarlone Orente, destaca que apesar da redução de casos, a população precisa continuar com as ações de prevenção, erradicando focos do mosquito transmissor. “Há uma previsão que, se algumas condições climáticas persistirem, possamos ter em agosto e setembro um novo ciclo epidêmico no Paraná. Não é momento de descuidar”, comenta. 

O prefeito Junior da Femac lembra que a Prefeitura de Apucarana executou um amplo plano de ação no enfrentamento a epidemia da dengue. “Começamos pelo atendimento prioritário da dengue na UBS Bolívar Pavão, todos os dias das 8 às 22 horas. Na sequência, houve a implantação da Central de Atendimento de Combate à Dengue, no Ginásio Lagoão. Também criamos o mutirão da dengue, coletando inservíveis e recipientes que poderiam acumular água, em todas as regiões da cidade. Esse trabalho chegou a 115 bairros e resultou no recolhimento de 4.688 toneladas de materiais que lotaram 843 caminhões”, relatou Junior, frisando que a paralisação é temporária: “Se houver necessidade mobilizaremos essa estrutura novamente”.

Boletim semanal da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou mais um óbito por dengue em Apucarana. A vítima é  um rapaz de 21 anos, sem comorbidades. Ele morreu em 26 de março deste ano. Agora, o município soma 17 mortes provocadas pela doença e 18.321 casos. 

Em uma semana, foram registrados 93 novos casos da doença. Em janeiro, a média semanal passava de mil casos.

Com mais uma confirmação de óbito em Apucarana, a área da 16ª Regional de Saúde passa a somar 37 mortes no atual período epidemiológico.

Em todo estado, o boletim semanal confirma 17.768 novos casos da doença e mais 35 mortes no Paraná. De acordo com o documento, o atual período epidemiológico, que teve início em julho de 2023, soma agora 414 óbitos, 480.865 diagnósticos confirmados e 834.963 notificações.

As mortes registradas no informe desta semana ocorreram entre 26 de março e 23 de maio. São 16 homens e 19 mulheres, com idades entre 21 anos e 97 anos, residentes em 10 municípios: Curitiba (1), Foz do Iguaçu (2), Cascavel (8), Guairaçá (1), Paranavaí (1), Maringá (2), Apucarana (1), Londrina (7), Rolândia (5) e Toledo (7). Desse total, 26 pessoas apresentavam comorbidades.

A Regional com mais casos confirmados até o momento é a 8ª RS de Francisco Beltrão, com 58.987 diagnósticos.