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Comerciantes denunciam onda de furtos de vitrine

Silvia Vilarinho

| Edição de 22 de março de 2023 | Atualizado em 22 de março de 2023
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O sentimento de insegurança voltou a reinar entre os lojistas de Apucarana. Muitos estabelecimentos comerciais se tornaram alvos da ‘pescaria’ de ladrões. Desde o último domingo (19) até ontem, pelo menos 11 furtos foram registrados em lojas na área central da cidade.

Para praticar o furto, o ladrão usa um pedaço de arame que coloca embaixo da porta e vai ‘pescando’ peças de roupas e acessórios que estão nas vitrines. A loja de Karina Alves Rodrigues, localizada na Rua Dr. Oswaldo Cruz, foi alvo. Além de furtar uma roupa infantil, o criminoso provocou danos na porta. 

“Tenho a loja há três anos e é a primeira vez que furtam meu comércio. Só com os danos na porta tive um prejuízo de R$700. E eles seguem destemidos há quatro noites “pescando” roupas nas vitrines para trocar em drogas. Fazem sem medo algum, na frente da câmera”, desabafa.

A empresária diz a sensação de insegurança é muito forte e o furto mudou a rotina da loja. “É uma sensação de raiva e insegurança. Já não estamos deixando peças soltas na vitrine, apenas no manequim, mas eles são ousados, em uma loja eles conseguiram tirar a peça do manequim. Enfim, estamos à mercê da bandidagem”, comenta. 

A proprietária de uma loja localizada na Avenida Curitiba, também vítima da ‘pescaria’, disse que os ladrões sempre agem entre 2h às 5h da madrugada. Que depois do furto no comércio dela, na madrugada desta terça (21), não conseguiu dormir ontem. “Passei a noite em claro, só olhando as câmeras e segurança. É possível ver eles andando para cima e para baixo, às vezes separados e às vezes juntos para tentar arrombar as portas. Em uma das filmagens o rapaz força e tentam estourar a porta, aí ele sai andando, o carro da polícia passa por ele, porém, não o aborda. É muito revoltante. Um ciclo sem fim”, detalha a empresária. 

Conforme a Polícia Civil, nove lojistas já registram boletim de ocorrência de furtos do tipo ‘pescaria’. Os investigadores analisam imagens de segurança dos comércios e estão pelas ruas de Apucarana, tentando identificar os autores. (SILVIA VILARINHO)