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Consumo de energia cresce na região

Claudemir hauptmann

| Edição de 17 de maio de 2022 | Atualizado em 17 de maio de 2022
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Considerando o consumo e as ligações de energia elétrica como indicadores, os municípios da região mostram alguns sinais de recuperação econômica. Levantamento feito pela Copel a pedido da Tribuna traz um perfil do consumo no primeiro trimestre deste ano em Apucarana, Arapongas, Jandaia do Sul e Ivaiporã. No geral, reação é mais rápida nas ligações comerciais se comparado com o desempenho no setor industrial, onde ainda há números negativos na região sob análise.

A Copel estratifica as ligações e o consumo de energia em residencial, industrial e comercial – que envolve todas atividades econômicas como varejo, serviços, entre outros, com exceção da área industrial.

O destaque na área de ligações comerciais é Apucarana, onde o consumo do primeiro trimestre desse ano, comparado com o mesmo período de 2021, teve um aumento de 10,82%, indo de 14.130 megawatts/hora para 15.659 (MWh). O número de ligações comerciais também cresceu na cidade, indo de 5.264 consumidores para 5.434, alta de 3,22%.

O segundo melhor resultado do comércio regional está em Ivaiporã, com alta de consumo na casa de 10,44%. As ligações locais, ou seja, base de consumidores do comércio, subiu de 1.414 para 1.445, alta de 2,19%.

Jandaia do Sul registrou uma alta de 9,52% no consumo de energia elétrica no setor comercial. Foi de 2.615 MWh para 2.864, enquanto o número de consumidores dessa base cresceu apenas 0,37%, indo de 1.058 para 1.062 ligações ativas.

Em Arapongas, o consumo subiu de 14.755 MWh para 15.443, aumento de 4,66%. O número de usuários também cresceu na casa de 4,06%, indo de 4.896 ligações para 5.095. Em todo estado, o aumento calculado pela Copel é de 12%.

RESIDENCIAIS

Entre as ligações residenciais, que são a maior base de consumo de energia da Copel, também há resultados positivos na região, embora ainda um pouco abaixo da média estadual, estimada em 7% no trimestre. As exceções são Ivaiporã e Jandaia do Sul, que registraram aumento acima da mádia, de 7,58% e 7,10%, respectivamente.

O prefeito de Ivaiporã, Carlos Gil, comemora que a cidade esteja mostrando reação econômica. “Foi feito um plano pós-pandemia, com plano de ação, visando estimular a recuperação. Mas estamos ainda no meio desse caminho. Tem muito a fazer”, diz.

Gil destaca que a cidade vive um bom momento no comércio e na indústria, que inclusive apresentam saldos positivos na geração de emprego. “A cidade vem se consolidando como importante polo do comercio para a região, recebendo um número cada vez maior de visitantes”, diz o prefeito, lembrando inclusive que a ampliação de serviços acaba gerando esse resultado.

Segundo o prefeito Carlos Gil, o aumento é reflexo da ampliação do o parque industrial e do programa de fomento. “Três novas indústrias estão em fase de instalação dentro do programa, com a geração de novos 150 empregos, ainda nesse ano”, comenta.

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Indústria de Jandaia e Ivaiporã têm melhor desempenho

Os resultados de consumo e de ligações industriais foram melhores nas cidades menores. A Copel informa que o consumo industrial no Paraná cresceu 2,2%. Na região, Jandaia do Sul registrou um aumento de 111,89% no consumo, indo de 1.547 MWh para 3.278 MWh, mesmo com a redução de -1,07% no número de ligações, que passaram de 372 para 368 ativas. Segundo a Copel, essa variação acentuada decorre da atuação de um grande consumidor, a usina de álcool e açúcar da Cooperval.

Em Ivaiporã, a indústria teve alta de consumo na casa de 4,02%, quase o dobro da média estadual. O número de ligações também cresceu 7,62% somando os atuais 127 usuários.

Já Arapongas, considerada um dos mais importantes polos industriais, principalmente por causa da indústria moveleira, teve desempenho negativo no período. O consumo de energia elétrica do setor caiu -11,25% no primeiro trimestre desse ano, comparado ao mesmo período de 2021 embora tenha apresentado um pequeno aumento na quantidade de ligações ativas, indo de 2.462 usuários para 2.474.

O diretor executivo do Sindicato da Indústria Moveleira de Arapongas (Sima), Silvio Luiz Pinetti disse que os dados dependeriam, ainda, de uma análise mais profunda. Segundo ele, embora tenha ocorrida uma redução da atividade industrial, decorrente da conjuntura econômica, “não foi tão acentuada”, disse. “Tivemos férias coletivas em janeiro e em fevereiro. Talvez isso, combinado com uma retração do mercado, tenha influenciado os números”, analisa.