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Cratera avança e ameaça clube em Arapongas

Vanuza Borges

| Edição de 20 de setembro de 2016 | Atualizado em 02 de dezembro de 2016

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Uma cratera, de grandes proporções, tem colocado em risco a segurança de quem se arrisca a caminhar nos fundos do Clube Campestre em Arapongas. O próprio clube, que fica no Conjunto Flamingos, já foi parcialmente “engolido” pela erosão. Duas quadras de tênis já foram abaixo e parte do vestiário ameaça desmoronar. As piscinas também estão interditadas, por causa do risco de desabamento. Com as chuvas do fim de semana, o problema veio à tona novamente com o rompimento da rede de esgoto, que passa pelo local.

Imagem ilustrativa da imagem Cratera avança e ameaça clube em Arapongas

A tubulação foi rompida e consertada por uma equipe da Sanepar ainda na tarde de sábado. Segundo a assessoria da empresa, o rompimento não foi ocasionado pela erosão, mas, por precaução, parte da rede coletora está em processo de remoção. Ainda sobre o rompimento, a assessoria garante que assim que o problema foi identificado a rede foi desligada, para fazer que pudessem ser feitos os reparos e os dejetos não caíssem no córrego Três Bocas, que desagua no Ribeirão dos Apertados, responsável por abastecer Arapongas.

Considerado um problema antigo, segundo o presidente do Clube Edson Cortez, a erosão começou a avançar de forma significativa em novembro do ano passado. E no início deste ano, as fortes chuvas comprometeram parte da estrutura do Clube, um dos mais tradicionais da cidade fundado em 1953. “Nós entramos com uma ação judicial contra o Município, para que resolva a situação e também indenize o Clube pelos danos causados pela erosão”, afirma.

Cortez argumenta que o terreno pertence ao Município e, caso algo não seja feito, em breve a erosão deverá atingir a rua. Uma situação agravante, na avaliação de Cortez, é a passagem de uma tubulação de água pluvial, que rompeu com as chuvas de janeiro e desde então tem sido despejado no local.

Por causas dos problemas, o presidente do Clube Campestre comenta que o número de sócios reduziu praticamente pela metade, passando de 900 para 400. Mesmo assim, ele reforça que o Clube fará investimento no local. “Em breve, vamos construir um novo parque aquático”, diz. Neste período, ele aguarda o parecer da decisão judicial. “Já fizemos uma audiência com o Município, mas não chegamos a um acordo. Na próxima semana vence o prazo de 120 dias dados pela Justiça para que o Município resolva o problema”, diz.

O advogado do Município João Paulo da Silva explica que o prazo é referente a uma liminar expedida pela Justiça para que a Prefeitura fizesse num prazo de 120 dias uma obra de contenção da erosão. “É uma obra inexequível para este período, por isso, estamos recorrendo para que seja suspensa”, argumenta.

Na avaliação de Silva, o Município não é o único responsável pelo problema ambiental. “O Município tem a intenção de fazer algo para que a situação não se alastre. A questão é que o município também não tem recurso”, afirma.