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Em tempos de crise, poupança se mantém como investimento

Vanuza Borges

| Edição de 31 de dezembro de 2015 | Atualizado em 02 de dezembro de 2016

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Poupança? Ações? Tesouro Direto? Em tempos de crise econômica, qual a melhor opção de investimento? Aliás, como conseguir poupar em tempos de inflação galopante? Quais produtos e serviços devem ter os preços alterados em 2016? O que cortar para conter os gastos? São muitas as dúvidas que rondam o orçamento familiar. Sobre as finanças, o economista Marcelo Vargas, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus Apucarana, garante que a velha e boa caderneta de poupança, aplicação favorita dos brasileiros, é o investimento mais seguro neste momento. Ou seja, quem tem dinheiro e não quer se arriscar, é melhor aplicar na poupança.

Imagem ilustrativa da imagem Em tempos de crise, poupança se mantém como investimento

A caderneta de poupança é um investimento simples, de baixo risco e suas regras de funcionamento são reguladas pelo Banco Central. Os valores depositados em poupança são remunerados com base na taxa referencial (TR), acrescida de juros de 0,5% ao mês. Para ter rendimento, o depósito deve completar, no mínimo, um mês.

Vargas entende que os investimentos mais indicados em tempos de crises ou incertezas econômicas são os investimentos de renda fixa, como a conhecida poupança, o Certificado de Depósito Bancário (CDB) ou o Tesouro Direto.

Os demais, segundo o especialista, considerados de renda variável, como os fundos de investimentos ou ações, estão mais sujeitos às variações do mercado. “Ou seja, refletem mais os acontecimentos do mercado. São mais instáveis em tempos de crise”, explica.

Por outro lado, ele explica que a poupança tem uma acumulação para o ano de aproximadamente 7,95%. “Desta forma, não é um investimento vantajoso financeiramente, pois a inflação acumulada nos últimos 12 meses está em 10,48%”, observa.

Já o CDB, o economista explica que são títulos privados representativos de depósitos a prazo feitos por pessoas físicas ou jurídicas. “Podem emitir CDB bancos comerciais, múltiplos, de investimento, de desenvolvimento e a Caixa Econômica Federal. O CDB pode ser negociado por meio de transferência”, esclarece. Já o prazo mínimo para resgate varia, de acordo com o especialista, e depende do tipo de remuneração contratada. O CDB também muda de banco para banco, mas o CDB pré-fixado está em 13,52%, observa Vargas. Desta forma, maior do que inflação acumulada nos últimos 12 meses.

Sobre o Tesouro Direto, o economista detalha que é um programa criado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) em parceria com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). “Com este modelo de investimento é possível adquirir Títulos Públicos Federais por meio do Tesouro Nacional. A compra dos títulos é feita pela internet, no site do Tesouro, e constitui uma opção de aplicação financeira de perfil de risco conservador para pessoas físicas”, ressalta. Por sua vez, o Tesouro Direto pré-fixado está em 14,25%.

“O Tesouro Direto é o investimento mais atrativo, porém a modalidade é pouco utilizada pelos brasileiros”, avalia.