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Exportações da região superam US$ 102,5 mi

Cindy Santos

| Edição de 21 de setembro de 2022 | Atualizado em 21 de setembro de 2022
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superam US$ 102,5 mi

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Nove municípios da região registraram atividades no mercado internacional neste ano, movimentando mais de US$ 102,5 milhões entre janeiro a agosto. Dados do Comex Stat, plataforma do Governo Federal mostram, entretanto, que a balança comercial regional fechou com déficit de US$ 157,7 milhões no período porque as importações superaram as exportações. Neste ano, a região comprou mais de US$ 260,2 milhões em produtos originários de outros países. 

O ranking da exportação é liderado por Arapongas que soma US$ 45,7 milhões puxados principalmente pela indústria moveleira, que responde por mais de 70% do valor total das vendas. Neste ano, mais de 30 países compraram produtos de origem araponguenses sendo que os maiores valores foram pagos pelo Chile (US$ 7,4 mi), Uruguai (US$ 4,6 mi) e Índia (US$ 3,8 mi).

São Pedro do Ivaí ocupa a segunda posição com US$ 25,5 milhões em exportações de leveduras e preparação para ração animal. Neste ano aproximadamente 16 países fizeram negócios com o município. 

A terceira colocação ficou com Apucarana, que atingiu US$ 18,9 milhões com as vendas internacionais. Os tecidos de algodão ainda são o carro-chefe do município, seguido pelos couros e farinhas de cereais. Neste ano o município exportou para 20 países, mas foram o Paraguai, a Coréia do Sul e o Congo os países que mais compraram de Apucarana. 

COMPARATIVO

Entre janeiro a agosto do ano passado a região exportou US$ 130,8 milhões o que representa um recuo de 21,6% nas vendas internacionais em comparação com o mesmo período deste ano. Em agosto os municípios fecharam o mês com US$ 17,6 milhões, 13,6% a menos do que o mesmo período do ano passado quando a região exportou mais de US$ 20,4 milhões. 

Embora os dados indiquem queda, o economista Rogério Ribeiro, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), analisou números anteriores a pandemia e afirma que os dados apontam para uma trajetória de retomada consistente dos municípios, mantendo uma tendência de crescimento ao longo do tempo. 

“Olhando numa perspectiva de mais anos constata-se que os valores para 2022 estão acima dos realizados nos anos anteriores a 2021. Acontece que no ano passado tivemos um choque de demanda por conta da vigorosa retomada de algumas economias. Isto gerou maior demanda e, consequentemente, maiores exportações. Os valores exportados de janeiro a agosto de 2022 estão maiores do que os valores pré-pandemia, o que demonstra uma retomada”, avalia o economista.

Ribeiro analisa ainda que, ao considerar os últimos quatro anos, as exportações na região cresceram uma taxa de 5,31% ao ano, no período de 2018 a 2022, considerando o período de janeiro a agosto.