Familiares e amigos do entregador Matheus Santos Clemente, 25, que morreu em 1º de fevereiro deste ano, dois dias após ser atingido por um motorista de uma caminhonete, realizam hoje, às 15h30, um protesto em frente ao Fórum Desembargador Clotário Portugal, em Apucarana. A mobilização vai ocorrer durante a primeira audiência de instrução do caso, quando devem ser ouvidas testemunhas e também o motorista do veículo responsável pela colisão. O condutor foi preso em flagrante por embriaguez ao volante e estava dirigindo com a CNH vencida.
O protesto também contará com a presença de motociclistas. Matheus trabalhava como entregador em uma loja de conveniência, quando a moto que conduzia foi atingida na Rua Antônio José de Oliveira esquina com a Rua Noboru Fukushima por uma caminhonete modelo Nissan Frontier.
A morte do rapaz gerou grande repercussão em Apucarana. Solteiro, ele morava com os pais Joana, 64, e Paulo, 60, e tinha duas irmãs, Bruna, 36, e Paula, 30.
Bruna afirma que a manifestação tem como objetivo pedir justiça. “Queremos que o responsável pelo acidente seja punido. Ele estava embriagado, sem poder dirigir”, lembra a irmã do rapaz.
A advogada da família, Daniela Pacheco, comenta que o processo está na fase inicial. No entanto, ela observa que há elementos suficientes no processo para que o motorista, que tem 33 anos, seja enquadrado por homicídio com dolo eventual, quando o responsável pelo acidente que resulta em óbito assume o risco de matar.
Segundo ela, o inquérito mostra que o motorista da caminhonete dirigia sem CNH desde 2019, havia ingerido bebida alcoólica e se evadiu do local do acidente sem prestar socorro à vítima. Ele responde processo em liberdade
(FERNANDO KLEIN)