A greve dos caminhoneiros perdeu fôlego no segundo dia de paralisação, ontem. Pontos foram desbloqueados na BR-369, no km 180 em Arapongas e km 158 em Cambé pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), após determinação do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo que ordenou a desobstrução das rodovias com aplicação de multa e uso da força, se for necessário. Até o fechamento desta edição, o km 245 da BR-376 em Apucarana continuava fechado. A categoria declarou greve anteontem.
Último balanço divulgado no início da noite de ontem pela PRF e Polícia Rodoviária Estadual (PRE) apontou 12 pontos de bloqueios nas rodovias estaduais e federais do Paraná, contra 20 contabilizados no início da greve.
O chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização da PRF de Londrina, Sérgio Oliveira, informou que, na região, três pontos foram desbloqueados até as 18 horas de ontem.
Em Arapongas, a praça de pedágio da BR-369 que havia sido ocupada por manifestantes na segunda-feira à tarde, foi liberada pela PRF ontem por volta das 10 horas. Em Cambé, equipes, em conjunto com a PRE liberaram o km 158 da BR-369 e o km 82 da PR-445, por volta das 9 h 20. Multas foram aplicadas, no entanto, valores não foram divulgados.
Ainda segundo levantamento da PRF, trechos da BR-376 foram desbloqueados em Nova Esperança e Paranavaí.
Até o fechamento desta edição, permaneciam bloqueadas rodovias federais em Apucarana, Coronel Vivida, Medianeira e União da Vitória. Nas rodovias estaduais bloqueios permaneciam até a tarde de ontem na PR-466 e PR-487 em Manoel Ribas, PR-281 em Mangueirinha e na PR-281 em Piên.
APUCARANA
Em Apucarana, a determinação do Ministro da Justiça não intimidou os caminhoneiros que seguiram ontem com os protestos na BR-376. O representante da categoria, André Gustavo Ferreira, considerou positivo o resultado do primeiro dia. "Até o momento ninguém tentou desbloquear o ponto. Vamos seguir com a paralisação", afirmou.
Centenas de veículos de carga, parados no bloqueio, foram estacionados no pátio de uma empresa, às margens da rodovia. No entanto, Ferreira informou que empresários - donos de transportadoras - causaram tumulto e pressionaram o proprietário da empresa para a retirada dos veículos.
O integrante do movimento reforça que a continuação da greve depende do apoio da população para a saída da presidente Dilma Rousseff do cargo, item número 1 da pauta de reivindicações. A categoria também pede a redução do preço do diesel, a criação do frete mínimo, salário unificado em todo o País, dentre outras exigências.