A Secretaria de Estado da Saúde divulgou anteontem, novos números da dengue no Paraná. No total, desde o início da contagem epidemiológica em agosto de 2018, são 13.504 casos confirmados da doença, aumento de 12% em uma semana. O boletim também confirma estado de alerta de epidemia de dengue para dois municípios da 22ª Regional de Saúde: Godoy Moreira, que tem 5 casos autóctones, e Ivaiporã com 47 casos confirmados da doença, sendo 38 autóctones e 9 importados. Na regional, o município de Arapuã, que entrou em situação epidêmica em abril, contabiliza 57 registros da doença.
Segundo o coordenador de endemias da 22ª RS, Claudio Nunes, a Secretaria de Estado da Saúde monitora diariamente novos casos suspeitos e ou confirmados de dengue e também orienta as secretarias municipais de saúde sobre os procedimentos adequados à cada situação. “Lembrando que ainda estamos sem o praguicida específico para o mosquito da dengue. Portanto, salientamos aos profissionais de saúde, a importância da eliminação de criadouros”, destaca.
Na maioria das cidades brasileiras a nebulização para eliminar a fase adulta do mosquito Aedes aegypti foi suspensa porque o Ministério da Saúde deixou de fornecer o inseticida usado no processo. O produto, que é fornecido pela Bayer, apresentou problemas e teve entrega suspensa determinada pelo Ministério da Saúde, que aguarda para este mês a restituição de 105 mil litros do produto.
Segundo Claudeney Martins, secretário municipal de saúde de Ivaiporã, o aumento de casos de dengue no município levou a implantação de um plano de contingência elaborado com a colaboração de todas as secretarias municipais. Além disso, estão previstas contratações de novos agentes de endemias no município para atuar no combate aos criadores do mosquito da dengue.
“Intensificamos as visitas dos agentes as casas eliminando criadores do mosquito e orientando a população sobre os cuidados. Estamos fazendo o nosso trabalho, mas para vencermos esta batalha necessitamos do apoio da população, já que tivemos um volume de casos significativos. Por isso, devemos nos manter alertas, eliminando todo e qualquer recipiente que possa acumular água”, enfatiza Martins.
Fiscalização em terrenos
A Secretaria de Meio Ambiente também intensificou a fiscalização nos terrenos abandonados e sem manutenção. A manutenção de terrenos baldios em Ivaiporã é sempre responsabilidade do proprietário. Antes de ser aplicada uma multa, o proprietário é notificado para executar a limpeza do terreno em prazo de 15 dias. Caso não sejam limpos, o Código de Posturas do Município prevê a limpeza de terreno, que acarreta para o proprietário do imóvel, multa e despesas que podem ultrapassar R$ 1,2 mil.
Segundo Valdinei Szlapak, responsável pelo setor de serviços urbanos da Secretaria de Meio Ambiente, só nos últimos meses cerca de 50 de imóveis foram multados. “No total já notificamos mais de 600 terrenos baldios e a maioria tem cumprido a notificação, evitando custos maiores. Também estamos incentivando as pessoas a plantarem grama nos terrenos. Inclusive, já tem alguns imóveis na área central que estão gramados. Isso tem evitado o descarte clandestino”.