O Ministério Público da Comarca de Apucarana deu início a uma investigação que apura denúncia de desvio de verbas da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Cambira. Segundo a denúncia, o rombo aos cofres da entidade chegaria a quase meio milhão de reais.
Segundo a denúncia, feita por uma funcionária que não quis se identificar, o funcionário envolvido – que já foi demitido - teria falsificado documentos e extratos de recursos da prefeitura e desviado dinheiro do Fundeb e de recursos da Secretaria Estadual da Educação.
Segundo o promotor Eduardo Cabrini, ainda é cedo para falar sobre o caso. “Fomos notificados através da Federação das Apaes do Paraná e estamos iniciando uma investigação para apurar as circunstâncias do desvio do dinheiro. A primeira oitiva do caso já está marcada, mas ainda é muito cedo para dar qualquer detalhe do caso”, disse o promotor.
O presidente da Federação das APAES do Paraná (Feapaes-PR), Alexandre Augusto Botareli César, destaca que a direção da Apae de Cambira comunicou a federação a respeito do caso e uma comissão de ética foi formada para apurar os fatos.
“Esta comissão fez os levantamentos e comprovou os desvios. Este funcionário realizava toda a movimentação financeira da escola. Depois da confirmação, foi feita a demissão por justa causa e imediatamente comunicamos a situação ao Ministério Público”, afirmou Botareli.
Sobre o valor desviado, o presidente da federação é reticente. “Ainda não sabemos ao certo o valor que foi desviado. Uma investigação mais profunda deve revelar esses números”, disse.
Botareli defende que a justiça, através de um processo criminal, pode ajudar a restituir a entidade. “Esperamos que através da investigação do MP e da instauração do processo criminal, a justiça nos ajude a restituir o que foi desviado, na medida do possível”, explicou.