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Para Jabor, Lava Jato representa início de ‘nova fase’ no Brasil

Da redação

| Edição de 06 de abril de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Principal atração da terceira rodada do Ciclo de Palestras, o jornalista e cineasta Arnaldo Jabor afirmou ontem em Apucarana que o Brasil vive um momento de aprendizado e de evolução. Segundo ele, a Operação Lava Jato gerou uma compreensão dos problemas nacionais, ao revelar um esquema bilionário de corrupção, e que o país caminha para uma nova fase “mais sábia, organizada e republicana”.

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Jabor falou para um Cine Teatro Fênix lotado ontem à noite em Apucarana. Todos os 480 lugares estavam tomados. O Circuito de Palestras é promovido pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia), jornal Tribuna do Norte, site TNOnline e Fórum Desenvolve Apucarana, com patrocínio da Agência de Fomento do Paraná, governo do Paraná, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Itaipu Binacional, Sicoob, Unicoob Consórcios, Benefícia Corretora de Seguros, CCR Rodonorte, J. Mareze Ceriani, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) e SINDCCON. O evento conta ainda com apoio da Prefeitura de Apucarana, Sebrae, Ahead Coworking e CBN.
“Quem poderia imaginar há poucos anos que governadores e até um ex-presidente da República fossem presos. Nunca se imaginou uma coisa dessa no Brasil. Houve avanço com a Lava Jato, embora muito mais importante do que prender alguém, é que a operação representa o prenúncio de uma nova fase da vida brasileira, mais contemporânea, mais sábia, mais organizada e mais republicana”, avalia Jabor. 
O jornalista, que é comentarista da Rede Globo e da CBN, aprovou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou pedido de habeas corpus solicitado pela defesa do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT). “O importante do julgamento de ontem (quarta-feira) não foi se Lula será preso ou não, mas que a decisão do STF ajuda a desfazer um sistema ideológico e político que se instalou no país com a chegada de Lula e de Dilma Rousseff ao poder, que criaram essas condições desastrosas no Brasil. Eles fizeram uma política econômica errada, colocando a ideologia acima de todas as regras de bom senso na direção de um país e deu nisso, que agora estamos tentando consertar”, disse. Segundo ele, simplesmente comemorar a prisão de Lula é uma “visão curta”.
Jabor acredita que a crise política é um processo a ser enfrentado e precisa ser encarada de forma construtiva. “Acontecimentos vão provocando entendimentos. Não existe uma data para uma solução (dos problemas nacionais), o que existe é um processo histórico”.
Quanto às eleições presidenciais deste ano, o comentarista vê o cenário aberto e critica os pré-candidatos postos até agora. Ele considera o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), por exemplo, “um atraso”. “Ele (Bolsonaro) tem uma visão de mundo neonazista. Não acredita na política, mas na grossura, na porrada... É um escândalo”, opina. (COM REPORTAGEM FERNANDA NEME)