Só o voto movido pela indignação contra as injustiças sociais e fundamentado na consciência de classe pode garantir governos e políticas públicas mais humanizados, de forma a atender as demandas da grande parcela de pessoas que hoje vivem à margem da sociedade, sem a garantia e acesso aos direitos mínimos de uma vida digna. É o que diz a candidata ao governo do Paraná pelo PSOL, professora Angela Alves Machado, que falou à Tribuna na série de entrevistas com os candidatos ao Governo, Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa.
“Votem com indignação em 2 de outubro. Vivemos um momento que precisa de nossa indignação para se fortalecer o combate a essa onda conservadora e fascista e derrotar todos que representam essa onda, porque essa onda exclui das prioridades dos governos as pessoas que precisam de governo, que precisam de um Paraná mais humano, mais justo para todos nós e não só para as elites”, afirma a candidata.
Professora Angela destaca que não há nenhum projeto de transformar o Brasil em um país comunista, desconstruindo a constante fala conservadora de que a bandeira não será vermelha. “Não há esse risco”, afirma Professora Angela, que se apresenta como “anticapitalista”. Segundo ela, isso significa apenas dizer que é preciso lutar para que todas as pessoas tenham acesso aos direitos assegurados no capítulo 6 da Constituição: “saúde, educação, moradia, cultura, esporte”.
A candidata assinala que sua candidatura traz para o debate político das eleições de 2022 as pautas e demandas das chamadas minorias políticas, como mulheres, negros, LGBTQIAP+, indígenas, quilombolas. “Temos as pautas todas, com saúde, educação, desenvolvimento econômico. Mas nossa prioridade na candidatura é falar sobre os direitos e demandas dessas pessoas que são deixadas de lado”, diz Angela. Para ela, a sociedade não pode mais admitir como “normalidade” a condução política de governos “voltados para as pautas típicas de homens, brancos, para as elites sociais, e ficar falando sobre rainhas que morrem”.
Na condição de eleitores e parte da sociedade, Angela Machado diz que “temos que falar de nós, trabalhadores e trabalhadoras, falar do que nos aflige, do que nos faz sofrer em nosso cotidiano. Isso precisa ser trazido para o debate e colocado como prioridade”, avalia.