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Pesquisa aponta variação de quase 25% no preço dos itens natalinos

Cindy Santos

| Edição de 16 de dezembro de 2022 | Atualizado em 16 de dezembro de 2022

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Pesquisa feita pela Tribuna nos quatro maiores supermercados de Apucarana, aponta variação de quase 25% nos preços dos alimentos típicos da ceia de Natal. O levantamento considera 12 itens tradicionalmente consumidos pelas famílias nesta época do ano, e usa como parâmetro produtos da mesma marca e padrão de qualidade (veja no gráfico). No comparativo, os alimentos com maior preço custam R$ 338,84 enquanto a soma dos produtos de menor preço resulta em R$ 271,57, uma diferença de R$ 67,27. 

O item que apresentou a maior variação foi a picanha, 41,5%. No dia do levantamento (14), o quilo do corte de carne bovina custava entre R$ 59,98 a R$ 84,9. Tradição de fim de ano, o espumante apresentou diferentes preços em cada estabelecimento pesquisado e teve a segunda maior variação da pesquisa, 24,7%. No dia do levantamento, a bebida custava entre R$ 17,95 e R$ 22,4. O pernil suíno também está na lista dos itens com a maior diferença de preço, variando de R$ 11,9 até R$ 14,75, uma diferença de quase 24%. Prato principal na ceia, o peru foi o único item que não teve variação nos quatro estabelecimentos consultados. 

Na avaliação do economista Rogério Ribeiro, professor do campus apucaranense da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), a variação no preço total é significativa e deixa evidente a necessidade de pesquisar preços antes de comprar. “Embora alguns itens sejam típicos da época do Natal, há famílias que podem não conseguir comprar pela restrição orçamentária imposta. Para aqueles que puderem comprar, a pesquisa de preços é fundamental”, assinala.

Ribeiro descarta a possibilidade de a proximidade do Natal pressionar ainda mais os preços dos alimentos tradicionais da época. A tendência, segundo ele, é que os estabelecimentos do ramo façam promoções relâmpago para não sobrar estoque após as festas. “Dos itens relacionados, creio que somente a cerveja e a carne bovina devem manter os preços ou mesmo subirem. Os próprios fabricantes de cervejas estão anunciando que a oferta será baixa e isto faz com que os preços subam”, alerta o economista. 

Famílias já organizam ceia natalina

Com o Natal se aproximando, muitas famílias já começaram a planejar onde será a tão esperada ceia. A auxiliar de acabamento Rosilene Queiroz disse que vai preparar um jantar para os filhos e a nora em sua casa. Na opinião dela, o preço da carne não está atrativo faz tempo, mas como trata-se de uma ocasião especial, o item não pode faltar. 

“A gente não tem tradição de assar peru na ceia de natal. Vamos fazer uma carne de boi assada mesmo”, afirma. 

A costureira Marize Angela aproveita as promoções dos supermercados para comprar os itens que geralmente utiliza. “Está tudo muito caro, então tem que pesquisar preço”, 

Neste ano a costureira Sueli Guizelini vai passar o Natal na casa da filha e disse que os preparativos da ceia ficarão por conta dela. “Neste ano eu nem pesquisei preços porque vai ficar tudo por conta da minha filha”, comenta.