O Serviço Reservado de Inteligência (P2) da 6ª Companhia Independente da Polícia Militar (6ª CPIM) deteve na tarde de anteontem, dois policiais militares suspeitos de envolvimento com quadrilha que arrombou o Banco do Brasil de São João do Ivaí. Um dos suspeitos é policial militar aposentado e outro está na ativa, mas afastado da corporação por licença médica.
José Carlos da Silva, de 50 anos, (aposentado) e Marcelo Franco de Melo, de 40 anos, foram detidos na PR-082 após perseguição policial. Eles foram abordados durante uma ação da P2 para tentar capturar dois bandidos que arrombaram a agência do Banco do Brasil na madrugada. Na ação criminosa, um bandido foi preso e dois suspeitos fugiram antes de chegar ao cofre.
Segundo o tenente Vinicius Castro, a equipe recebeu informações que os dois foragidos estavam escondidos numa mata nas proximidades na rodovia PR-650 e seriam resgatados por um Gol. “Deslocamos para lá e ficamos escondidos. De repente visualizamos um Gol prata parar e dois indivíduos saírem da mata e entrarem no veículo”.
Na sequência, o motorista do Gol fez o retorno e saiu em alta velocidade. “Fizemos o acompanhamento tático e quando ele percebeu a nossa presença ele acelerou”, comenta. Na rodovia PR-082, o Gol se distanciou do veículo da polícia e, perto de uma área de mata, efetuou uma frenagem brusca. Os dois passageiros escaparam e fugiram para o mato.
Os dois policiais foram reconhecidos na abordagem e encaminhados a Delegacia de Polícia Civil de São João do Ivaí, onde negaram a carona suspeita e a perseguição policial. José Carlos da Silva estava em posse de uma pistola .40, registrada em seu nome e 21 munições proibidas em território brasileiro, o que motivou sua prisão.
“Como o pessoal se evadiu e nós não conseguimos localizá-los, a prisão do Carlos foi em função da ilegalidade da munição. Com o Marcelo não foi encontrado nada de ilícito ele acabou sendo liberado”, comenta tenente.
O delegado Marcus Felipe da Rocha Rodrigues disse que vai prosseguir com as investigações da tentativa furto qualificado a agência bancária a partir da prisão do assaltante que foi detido durante a ação. “Ainda que as investigações concluam esse procedimento inicial vamos continuar as diligências para tentar chegar aos demais integrantes da quadrilha. Quanto à participação dos policiais é uma linha de investigação, mas são meros suspeitos”, completa Rodrigues.
O subcomandante da 6ª CIPM, Élio Boing disse que a PM não compactua com conduta irregular por parte de policiais militares. “Se ficar provado que há desvio de conduta com certeza a polícia vai adotar as providências para que sejam excluídos da Polícia Militar, desde que na medida da sua culpabilidade e tendo assegurado o direito da ampla defesa”, destaca Boing.