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Prefeitura de Ivaiporã faz campanha de conscientização contra esmola

Ivan Maldonado

| Edição de 04 de julho de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O Departamento Municipal de Assistência Social e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Ivaiporã estão reforçando uma campanha de conscientização para que a população não dê esmolas. Além de orientar comerciantes, servidores da assistência social também distribuem panfletos na área central, em pontos onde costuma haver concentração de pedintes. 

Imagem ilustrativa da imagem Prefeitura de Ivaiporã faz campanha  de conscientização contra esmola


A diretora do Departamento Municipal de Assistência Social, Gertrudes Bernardy, destaca a importância da população estar consciente que a esmola prejudica o trabalho desenvolvimento pela assistência social. “Nós temos o Creas, que faz todo um trabalho para resgatá-los dessa situação. Mas, infelizmente vai tudo em vão, porque parte da população insiste em sustenta-los. Há algumas semanas, encontrei um pedinte em frente à lotérica e mostrou para mim que tinha ganhado naquele dia R$ 300 ”. 
A orientação é não dar esmolas de jeito nenhum, mas isso não significa que a população não deve fazer nada a respeito. Segundo Gertrudes, existe um contato direto com o Creas, através do telefone (43) 3472-4860, para fazer o encaminhamento dessas pessoas. 
“A população tem que entender que eles não são moradores de rua. Todos têm famílias aqui em Ivaiporã e estão na rua por opção. O dinheiro serve para sustentar o vício, que é a bebida, e alguns que são usuários para comprar drogas. A gente interna e quando eles retornam voltam para as ruas e retornam ao vício, com ajuda das esmolas doadas”, relata Gertrudes. 

VULNERABILIDADE
Segundo a coordenadora do Creas, Regina Anacleto, a esmola em dinheiro condiciona a pessoa à situação de vulnerabilidade social. “Existe política pública de assistência social que ajuda a enfrentar tal prática, oferecendo ao cidadão mecanismos voltados à dignidade da pessoa humana, direito à convivência familiar e comunitária, valorização e respeito à vida e à cidadania”, informou Regina Anacleto. 
“O simples ato de doar uma moeda dificulta o trabalho de convencer o morador de rua a deixar de viver nessa situação, porque o dinheiro financia a permanência nas ruas, praças e semáforos”, reforçou a coordenadora do Creas.