OPrograma Municipal Feira Verde, que promove a troca de materiais recicláveis por alimentos da agricultura familiar terá orçamento de R$948,4 mil em 2023. O valor é superior ao dobro injetado ao longo do ano passado na iniciativa, que teve início no mês de maio. A expansão do programa foi confirmada ontem pelo prefeito Júnior da Femac ao assinar contrato para aquisição de mais produtos junto à Cooperativa de Cafeicultores de Pirapó (Coocapi).
“Estamos próximos de completar um ano deste programa que, de forma simples e ágil, fomenta segurança alimentar, ajudando quem produz e fazendo com que a produção chegue a quem precisa; educação ambiental, levando a cultura da reciclagem para dentro dos lares; e geração de renda, uma vez que o coletado nos pontos de troca é levado pela cooperativa de reciclagem da cidade (Cocap), onde se transforma em fonte de sustendo das famílias cooperadas”, elencou o prefeito Júnior da Femac.
Durante a assinatura do contrato, o prefeito anunciou para o dia 15 de maio, início da feira nos distritos de Pirapó e Vila Reis. “Coordenado pela Secretaria Municipal da Agricultura, em 313 dias de atividade o “Feira Verde” promoveu 193 edições em 67 bairros. Ao todo, foram beneficiadas diretamente 16.942 famílias e coletadas quase 165 toneladas de materiais recicláveis (plástico, papel e papelão)”, revelou Júnior da Femac, lembrando que o programa foi adotado pela prefeitura por sugestão do vereador Rodrigo Liévore, o Recife, a partir de programa semelhante realizado na cidade de Ponta Grossa.
O presidente da Coocapi, Nilton Antônio Fornaciari, destacou a importância da iniciativa para o pequeno produtor rural. “Trago aqui muitos agradecimentos do homem da roça. Se não fosse esta iniciativa da prefeitura, com certeza mais da metade daqueles que hoje fornecem seus produtos já teriam deixado o sítio”, assinalou Fornaciari, que esteve acompanhado de outros membros da cooperativa.
Segundo os secretários municipais Gentil Pereira, de Meio Ambiente, e Gerson Canuto, da Agricultura, a iniciativa também ajuda a reduzir o volume de lixo nos mananciais. “Durante as feiras a gente conversa com a população e verifica a mudança de hábito. Isso é muito gratificante”, relatou Canuto.
Já a secretária Municipal da Assistência Social, Jossuela Pirelli, assinalou a segurança alimentar das famílias. “O que eles conseguem no ponto de troca é um complemento muito importante na cesta básica. Frutas, verduras, pães, enfim, alimentos frescos, de qualidade e valor nutricional. O “Feira Verde” não é sucesso por acaso. É referência pois acontece com organização”, disse a secretária.