A agricultora Lilian Clara de Souza aprendeu as primeiras receitas de queijo com a avó e foi uma ativa ajudante quando a mãe deu continuidade. Aperfeiçoou a receita e hoje oferece o queijo brie, o maturado cremoso, o maturado de leite cru e o minas frescal a quem visita o Rancho Zulian, que já se tornou conhecido em Rio Branco do Ivaí.
Mas a produção ainda é caseira, vendida sobretudo aos turistas que chegam atraídos pelas belezas da região e pela Caminhadas da Natureza, que tem ali o ponto de partida com o café da manhã. Agora, com acompanhamento da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) e de suas vinculadas IDR-Paraná e Adapar, além da prefeitura local, Lilian começa a ver brotar uma autêntica queijaria.
A obra já começou e a fase é de terraplanagem. “O queijo é minha paixão e eu tenho o sonho de ser uma queijeira”, diz Lilian.
Ela é natural de Cacoal (RO) e acompanhou os pais quando se transferiram para a região de Ponta Grossa. Dedicava-se à agricultura e à criação de gado. Foi ali que conheceu Lauvir Zulian, nascido em Guaraniaçu. Casados, passaram a viver em um acampamento, até que, em 2014, foram sorteados para ocupar um lote no Assentamento Egídio Brunetto, em Rio Branco do Ivaí.
“Não teve como a gente escolher, mas se fosse permitido eu não teria escolhido um lugar tão bom quanto este que Deus me deu”, afirma a agricultora.
Os pontos turísticos rurais da região atraem caminhantes, ciclistas e motociclistas. São rios, riachos, cachoeiras, cavernas, montanhas, matas e a prainha do bairro Porto Espanhol, onde uma balsa proporciona opção de passeio. Em conversa na prefeitura, Lilian sentiu que o turismo era campo a ser explorado e se preparou para isso investindo na recepção aos turistas.
Nos 10,2 hectares do sítio, a 20 quilômetros do centro da cidade, acessados por estrada de terra, a família tentou plantar soja, mas desistiu. Com a queijaria planejam profissionalizar a oferta dos queijos que já são famosos.
“É importante parabenizar o esforço de ganhar a vida pelo trabalho, crescer, se desenvolver, aperfeiçoar a forma de fazer as coisas, de fazer dinheiro, o que vai permitir construir a nova unidade”, disse o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, em visita à propriedade.