Os jovens ocuparam a maior parte das vagas de emprego com carteira assinada criadas neste ano na região. De janeiro a maio, mais de 1,8 mil trabalhadores com até 24 anos foram efetivados no mercado de trabalho, o que corresponde a quase 69,7% dos 2,7 mil postos de trabalho com carteira assinada gerados em 27 municípios da região. Desses jovens efetivados 1.041 são homens e 848 são mulheres e a maior parte - quase 70% - têm ensino médio completo. Os dados são do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
Trabalhadores entre 30 a 39 anos ocuparam 422 postos de trabalho na região, o que representa 11,6% do saldo geral de empregos. Por último seguem os jovens de 25 a 29 anos que ocuparam 128 vagas de trabalho (4,7%), pessoas entre 50 a 64 anos 16 vagas (0,5%). A única faixa etária que perdeu postos de trabalho foi a de 65 anos ou mais, que extinguiu 64 vagas de emprego no período.
De modo geral, a maioria dos trabalhadores efetivados entre janeiro a maio (2 mil) têm ensino médio completo, 319 têm ensino médio incompleto, 117 têm ensino fundamental completo, 111 têm fundamental incompleto. Dezessete são analfabetos enquanto e 78 têm ensino superior incompleto e 112 têm superior completo.
Segundo o economista Rogério Ribeiro, professor do campus apucaranense da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), os dados apontam para uma lógica esperada: a maior parte dos empregos líquidos gerados exige, no mínimo, o ensino médio completo. “Isso demonstra uma tendência do mercado de trabalho regional em contratar mão de obra com boa instrução/escolaridade”, analisa.
Para o economista também é esperado que os jovens ocupem mais vagas de empregos formais devido à composição demográfica da região, que possui uma grande quantidade de jovens. “As empresas buscam empregar esses jovens na expectativa de que eles sejam produtivos, o que não depende apenas da juventude, mas também de outros fatores, como escolaridade, habilidades cognitivas, gosto pela atividade que estão desempenhando e a vontade de progredir na profissão”, afirma.
Por outro lado, é importante o economista destaca o baixo número de novos postos de trabalho para pessoas com 50 anos ou mais. “A impressão é que há um volume de desempregados nessa faixa etária e que o mercado não está absorvendo esses trabalhadores, apesar das campanhas de entidades que incentivam a contratação de pessoas com mais de 50 anos”, analisa.
Paraná é o 3º em geração de empregos para jovens
O Paraná registrou de janeiro a maio deste ano um saldo positivo de 53.694 novos empregos com carteira assinada para trabalhadores com idade entre 18 e 29 anos, mantendo a terceira posição no ranking nacional de empregabilidade nesta faixa etária. Os estados de São Paulo e Minas Gerais encerraram o período com 204.429 e 76.123 novos contratos formais de trabalho para a juventude, respectivamente. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A participação deste público no mercado de trabalho representou quase 56% dos 96.019 empregos abertos nos primeiros cinco meses em todas as faixas etárias, no Paraná. Em relação ao mesmo período em 2023, quando 39.839 trabalhadores com idade entre 18 e 29 anos foram registrados em empregos formais, o avanço foi de 34,5%.
“A presença de jovens no mercado de trabalho tem sido essencial para colocar o Estado em evidência no cenário nacional, mantendo a terceira colocação no ranking de empregabilidade”, disse o secretário do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes.
Ele destaca que, considerando todas as faixas etárias, o Paraná também foi o terceiro estado que mais gerou empregos formais em todo o Brasil nos cinco primeiros meses de 2024, de acordo com o Caged, ficando atrás somente de São Paulo (328.685) e Minas Gerais (133.412).