CIDADES

min de leitura - #

Região cria mais de 1,8 mil empregos para trabalhadores jovens em 2024

Cindy Santos

| Edição de 10 de julho de 2024 | Atualizado em 10 de julho de 2024
Imagem descritiva da notícia Região cria mais de 1,8 mil empregos para trabalhadores jovens em 2024

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

Os jovens ocuparam a maior parte das vagas de emprego com carteira assinada criadas neste ano na região. De janeiro a maio, mais de 1,8 mil trabalhadores com até 24 anos foram efetivados no mercado de trabalho, o que corresponde a quase 69,7% dos 2,7 mil postos de trabalho com carteira assinada gerados em 27 municípios da região. Desses jovens efetivados 1.041 são homens e 848 são mulheres e a maior parte - quase 70% - têm ensino médio completo. Os dados são do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. 

Trabalhadores entre 30 a 39 anos ocuparam 422 postos de trabalho na região, o que representa 11,6% do saldo geral de empregos. Por último seguem os jovens de 25 a 29 anos que ocuparam 128 vagas de trabalho (4,7%), pessoas entre 50 a 64 anos 16 vagas (0,5%). A única faixa etária que perdeu postos de trabalho foi a de 65 anos ou mais, que extinguiu 64 vagas de emprego no período. 

De modo geral, a maioria dos trabalhadores efetivados entre janeiro a maio (2 mil) têm ensino médio completo, 319 têm ensino médio incompleto, 117 têm ensino fundamental completo, 111 têm fundamental incompleto. Dezessete são analfabetos enquanto e 78 têm ensino superior incompleto e 112 têm superior completo. 

Segundo o economista Rogério Ribeiro, professor do campus apucaranense da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), os dados apontam para uma lógica esperada: a maior parte dos empregos líquidos gerados exige, no mínimo, o ensino médio completo. “Isso demonstra uma tendência do mercado de trabalho regional em contratar mão de obra com boa instrução/escolaridade”, analisa.

Para o economista também é esperado que os jovens ocupem mais vagas de empregos formais devido à composição demográfica da região, que possui uma grande quantidade de jovens. “As empresas buscam empregar esses jovens na expectativa de que eles sejam produtivos, o que não depende apenas da juventude, mas também de outros fatores, como escolaridade, habilidades cognitivas, gosto pela atividade que estão desempenhando e a vontade de progredir na profissão”, afirma.

Por outro lado, é importante o economista destaca o baixo número de novos postos de trabalho para pessoas com 50 anos ou mais. “A impressão é que há um volume de desempregados nessa faixa etária e que o mercado não está absorvendo esses trabalhadores, apesar das campanhas de entidades que incentivam a contratação de pessoas com mais de 50 anos”, analisa.

Paraná é o 3º em geração de empregos para jovens

O Paraná registrou de janeiro a maio deste ano um saldo positivo de 53.694 novos empregos com carteira assinada para trabalhadores com idade entre 18 e 29 anos, mantendo a terceira posição no ranking nacional de empregabilidade nesta faixa etária. Os estados de São Paulo e Minas Gerais encerraram o período com 204.429 e 76.123 novos contratos formais de trabalho para a juventude, respectivamente. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A participação deste público no mercado de trabalho representou quase 56% dos 96.019 empregos abertos nos primeiros cinco meses em todas as faixas etárias, no Paraná. Em relação ao mesmo período em 2023, quando 39.839 trabalhadores com idade entre 18 e 29 anos foram registrados em empregos formais, o avanço foi de 34,5%.

“A presença de jovens no mercado de trabalho tem sido essencial para colocar o Estado em evidência no cenário nacional, mantendo a terceira colocação no ranking de empregabilidade”, disse o secretário do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes.

Ele destaca que, considerando todas as faixas etárias, o Paraná também foi o terceiro estado que mais gerou empregos formais em todo o Brasil nos cinco primeiros meses de 2024, de acordo com o Caged, ficando atrás somente de São Paulo (328.685) e Minas Gerais (133.412).