O serviço aeromédico do Governo do Estado tem sido essencial para diminuir os índices de mortalidade prematura por doenças cardiovasculares e acidentes graves de trânsito. Desde 2014, quando foi reorganizado no Paraná, as mortes por infartos e acidentes caíram 25%. Com o serviço ativo, o tempo de resgate em chamados de urgência e emergência, e também de transporte de pacientes de um hospital a outro, é quatro vezes menor que os feitos por terra.
“Os atendimentos são muito mais rápidos e isso diminui os riscos de morte e também de sequelas”, garante o diretor do serviço aeromédico, Vinicius Filipack.
Elisabete de Resende sentiu na pele a diferença quando a filha de apenas dez meses teve uma parada cardíaca em Ponta Grossa e precisou ser transferida às presas para um hospital com mais condições de atendimento em Curitiba. A sorte da pequena seria outra se não houvesse o serviço aeromédico atuante. “Ela saiu do hospital entubada, com poucos batimentos cardíacos, precisava de uma cirurgia urgente. Se fosse por terra não teria dado tempo. Foi um milagre”, lembra a mãe.
Há cinco bases do serviço no Estado: Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa, a última inaugurada em março deste ano, que juntas cobrem 100% do território paranaense. De janeiro a junho, 1.344 pacientes foram atendidos por uma das seis aeronaves adaptadas como UTI móvel: são cinco helicópteros e um avião. De 2014 para cá, o número de atendimentos passou de 10 mil e nenhum paciente veio a óbito dentro de uma aeronave.
A equipe é formada por 10 médicos e cinco enfermeiros em cada base que atuam em regime de plantão. O serviço atende das 7h às 19h. “A aeronave só pode sobrevoar do nascer ao pôr do sol. Depois que o sol se põe o helicóptero tem que estar em solo por questões de segurança”, explicou Filipack
Cada base opera dentro de um raio de cerca de 250 quilômetros, distância pré-determinada pela central reguladora do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).
Os protocolos de segurança são rígidos. Nenhum paciente é transportado em estado de saúde instável. Quando há mais de uma vítima no mesmo local, é utilizado o método Start para triagem de múltiplos pacientes e uma vítima é transportada de cada vez, priorizando a gravidade da situação.
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