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Um ano depois, famílias de vítimas de soterramento aguardam indenização

DA REDAÇÃO

| Edição de 01 de setembro de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O soterramento que matou quatro trabalhadores em uma propriedade rural no Distrito de São José, em Marilândia do Sul completou um ano no domingo (30). O dono da fazenda onde o acidente de trabalho aconteceu foi denunciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e por lesão corporal contra o operário que sobreviveu. Em uma das ações, a Justiça do Trabalho fechou acordo para o pagamento de R$ 800 mil e ainda determinou o bloqueio de mais de R$ 2 milhões em bens do agricultor. O dinheiro será encaminhado para o fundo do Ministério Público.

Já os familiares das vítimas aguardam as ações de indenização que ainda tramitam na Justiça. Mayra Landim que advoga para a mãe e para os irmãos do adolescente Igor Daniel da Silva, que morreu no acidente, explica que audiência entre partes deve acontecer no final de setembro. “Ingressamos com ações de indenização por danos morais e materiais as quais tramitam nas Varas do Trabalho de Apucarana. Diante da gravidade e delicadeza da ação, entendemos que a realização da audiência presencial é imprescindível e, em decorrência da pandemia, as audiências estão sendo virtuais. Desta forma, pode ser que a audiência já designada seja cancelada”, explica.
A defesa do dono da propriedade onde ocorreu o acidente informou que por enquanto não vai se declarar sobre o assunto. Em outro processo, o fazendeiro teve quase R$ 1,2 milhão bloqueado pela Justiça, que ainda determinou uma série de adequações na fazenda para reduzir riscos de novos desmoronamentos.
Cinco pessoas trabalhavam em uma obra para instalação de tubulação de irrigação quando foram soterrados na tarde do dia 30 de agosto de 2019. Igor Daniel da Silva, 17 anos, Josimar Pereira de Souza, 23 anos, Valdeir Barbosa, 38 anos e Jonas Benedito Lopes, 31 anos morreram no local. Ederson Teles Proença foi o único sobrevivente. 
(CINDY SANTOS E SILVA VILARINHO)