ABRAHAM SHAPIRO

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A rota para decepção

Da Redação

| Edição de 11 de novembro de 2024 | Atualizado em 11 de novembro de 2024

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Você realmente acredita que o otimismo vai garantir sua vitória em todas as batalhas empresariais? Bem, se ainda não se decepcionou com essa crença, está bem perto disso. O otimismo, claro, tem seu valor: ele motiva, dá fôlego e cria entusiasmo. Mas se você acha que só com pensamento positivo vai driblar os desafios do mercado, está se iludindo.

O mercado é incerto. Os clientes? Volúveis. Os concorrentes? Sempre prontos para explorar qualquer deslize seu. E o governo? Esse leva a parte dele mês a mês, faça chuva ou faça sol. Ser otimista sem uma análise crítica, sem um plano para os piores cenários, é como navegar num mar de tubarões com uma boia furada. Não é exatamente uma estratégia vencedora.

A confiança cega no sucesso não substitui a preparação. Quando o primeiro revés sério aparecer — e ele aparecerá — um otimismo vazio vai desmoronar na mesma hora. Empresários que realmente vencem, que constroem empresas duradouras, são aqueles que encaram o fracasso como parte do caminho. Para eles, cada perda é uma chance de ajustar a rota, de reforçar a estratégia e de preparar o negócio para o que vier.

Quer vencer? Esqueça o otimismo cego. Prepare-se para cair, para aprender, para mudar de rumo e, sim, para tomar decisões impopulares quando necessário. Lembre-se: o mercado não é justo, nem está interessado em suas boas intenções. Ele recompensa os que pensam criticamente, se preparam para o pior e têm uma visão realista. Quer a verdade? O mercado está fechado com os realistas, não com os otimistas ingênuos.