ABRAHAM SHAPIRO

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Encantar o cliente? Quem consegue?

Da Redação

| Edição de 18 de dezembro de 2023 | Atualizado em 18 de dezembro de 2023

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Quantas vezes ouvimos sobre ‘encantar o cliente’ como a solução de todos os problemas das empresas. A ideia de surpreender, tratar bem e superar as expectativas no atendimento tornou-se uma narrativa comum no mundo das lojas e empresas de serviços em geral.  Mas essa abordagem pode ser uma imensa falácia.  Ninguém duvida que a satisfação do cliente é crucial. Mas ‘encantar’ é uma expressão que pode desviar a atenção de questões mais básicas. E tudo fica mais bizarro quando as pessoas mal sabem o significado da palavra. 

E há outro engano. Cliente feliz não significa necessariamente cliente fiel.  Atendimento de verdade envolve duas componentes únicas: a primeira é entender e cumprir a necessidade do cliente e a segunda: o mais rápido possível.  Assim, qualidade no serviço, consistência naquilo que o cliente quer e a solução de eventuais problemas formam 100% daquilo que qualquer atendente tem que dominar para fazer o atendimento por excelência. 

Tentar encantar a todo custo pode provocar um esforço excessivo para criar experiências excepcionais e, por isso, quase impossíveis de se manter coerentemente. Encantar, no dicionário, significa submeter alguém à ação de encanto, feitiço ou magia; causar grande prazer ou seduzir. Ou seja: se os funcionários conhecem o significado da palavra, é certo que não conseguirão colocá-lo em prática. E se o ignoram, acabarão fazendo o que julgam certo.  Imagine a confusão e o custo dessa quimera imbecil!