ABRAHAM SHAPIRO

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Os grupos de Whatsapp e a competência

Da Redação

| Edição de 17 de abril de 2023 | Atualizado em 17 de abril de 2023

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Sou usuário do Whatsapp desde que foi lançado. Amigos meus se recusaram a baixá-lo por muito tempo – alguns por estupidez ou visão miúda de inovação, outros por temor de aumentar seu comprometimento com a empresa em que trabalhavam ou atendiam. 

Grupos de Whatsapp vieram depois. As empresas ainda não enxergavam o poder que este recurso oferecia. Hoje, seu emprego massificado permite observar intensamente o comportamento das pessoas. É o meu esporte predileto. 

Por exemplo. Em um grupo de gerentes e diretores, é facílimo distinguir os profissionais capacitados dos incompetentes. Quem viveu alguma experiência corporativa irá concordar comigo.

Nestes grupos, quando um colega publica qualquer material de instrução ou motivação, os competentes, donos de boa capacidade de julgamento, emitem feedbacks coerentes a respeito. Eles avaliam o conteúdo da postagem, e não a pessoa que a publicou.

Já, quando o patrão ou chefe posta qualquer coisa, mesmo sem utilidade nenhuma, os inseguros e incompetentes não poupam louvores a ele. Isto só acontece porque eles são incompetentes e bajulação é seu único meio de manter-se no emprego. Daí a carência psicológica de agradar. 

E caso o patrão seja emocionalmente manipulável, então é que os incompetentes jogam confetes sem nenhum pudor na tentativa de acumular pontos de simpatia.

A conclusão? Todo profissional competente – eu disse todo profissional competente – é autossustentado só por sua capacidade de desempenho e de produzir resultados. Ele não precisa adular ninguém e tampouco rebaixar-se à condição de baba-ovo de chefes e patrões.