ABRAHAM SHAPIRO

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Sorte e risco

Da Redação

| Edição de 06 de junho de 2022 | Atualizado em 06 de junho de 2022

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Bill Dougall foi um ex-combatente da marinha americana na Segunda Guerra Mundial. Na cidade de Seatlle, ele se tornou um professor de matemática e ciências numa escola de ensino médio. Pragmático como era, Bill acreditava ser importante seus alunos viverem experiências reais de aprendizagem, e não só estudar em livros. 

Foi por isso que, em 1968, ele pediu à associação de mães da escola para usar os três mil dólares de lucro do brechó que elas organizaram para arrendar um computador para os alunos. Este computador não faria parte do currículo principal, mas de um programa independente. Até então, nem mesmo muitas das instituições de pós-graduação americanas possuíam um computador. 

Um dos alunos daquela escola ficou fascinado. Ele tinha apenas treze anos de idade e junto de um colega, brincava com a máquina depois das aulas, tarde da noite e nos fins de semana, deixando a criatividade correr solta. Em pouco tempo, os dois se tornaram hábeis em computação.

Sabe quem era esse garoto? Ninguém mais, ninguém menos que Bill Gates.

Agora pense comigo. Não fosse a visão daquele professor, não fosse a existência daquele computador específico, será que a Microsoft existiria?

De verdade, esta é uma pergunta difícil e complexa demais de se responder, e eu particularmente acredito que a resposta envolva duas grandezas: sorte e risco. Eu já observei que as histórias de sucesso e fracasso mostram que todo resultado na vida tem a ver com outras forças além do mero esforço individual.