“Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua Luz” (Is 60,1).
Ao iniciar este Advento, nosso querido Papa Leão XVI, nos exortou a termos um novo olhar que gere novas atitudes e, desperte em nosso íntimo, o desejo de chegarmos ao Natal sentindo dentro de nós a alegria de podermos renascer em Cristo.
Se podarmos nossos erros, recomeçando com novas maneiras de agir, seremos como as plantas que, depois de podadas, se veem prontas para absorver os nutrientes que a terra oferece, brotam, revigoradas e renovadas e frutificam; como homens e mulheres novos, renascidos pela fé, renovados estaremos pela “esperança que não decepciona”! A reta final deste tempo de espera e de expectativa proporcionado pelo Advento revela-se uma especial oportunidade para nós, cristãos que confiamos na misericórdia do Pai, de nos prepararmos com alegria e muita fé para celebrarmos o Salvador! Ele, apenas Ele é capaz de preencher nossos vazios e de tomar conta de nossa realidade humana, tão frágil e leviana! O Salvador, o Messias, a Luz que transforma as trevas de desânimo em clarões de almas iluminadas por um Fogo Ardente que não queima, mas aquece e anima, é o Senhor do Natal.
Lembremos que, ao criar o mundo, Deus disse: “Haja-se a luz! E houve luz!” (Gen 1,3), e tudo se iluminou clareando as trevas que escureciam e impediam que a vida existisse. Assim, o Santo Menino, gerado no ventre da Virgem Maria por obra do Espírito Santo, veio ao mundo como Luz para livrar o homem das trevas do pecado. Esses poucos dias que antecedem o Natal é uma Santa Semana, pois, celebrar o nascimento do Verbo Divino é um acontecimento ímpar. Acontecimento que muda a história da humanidade! Sim, Jesus é Deus, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Verbo que se encarna; se faz carne e habita numa Mulher e, como todo ser humano, passa nove meses para ser formado pela carne de sua Mãe, Dela recebe o sangue, os nutrientes, até que esteja pronto para que vir ao mundo.
Desde sua concepção, Jesus se faz humano, como nós, claro, sem a mancha do pecado! O quanto não esperaram José e Maria até que o primeiro Natal acontecesse? Quantas provações, temores e perigos enfrentaram? Quantas perseguições, falta de apoio, dificuldades e dedos apontados feriram seus corações? E Eles, simples e fieis, tudo suportaram em silêncio. Um silêncio que expressava mais que qualquer palavra que dissessem: o silêncio de quem confiava inteiramente na Providência Divina. A Esperança e a Fé mantinham José e Maria em pé, firmes e obedientes, confiantes e atentos aos desígnios do Senhor. Com tanto barulho ao nosso redor, tantos afazeres, preocupações com viagens e ceias, férias, presentes e enfeites, o Natal só será completo se PRESENTE estiver o Menino Jesus! Não apenas nos presépios e nas Igrejas, mas em cada coração, no centro de cada família, no momento de cada ceia, na entrega de cada lembrança, no desejo de uma vida nova. Sejamos um ponto de luz, que Jesus renasça em nós!