BISPO DOM CARLOS JOSÉ

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Domingo de Ramos - coleta quaresmal

Da Redação

| Edição de 20 de março de 2024 | Atualizado em 20 de março de 2024

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“A caridade não procura seu próprio interesse.” (1Cor 13,5)

João Batista, o precursor de Cristo, em seu convite a uma verdadeira conversão, que fosse realmente frutuosa, exortava a multidão e continua a nos exortar ainda hoje, a sermos autenticamente solidários e caridosos, não como quem doa para ser reconhecido, mas para sermos doadores porque vemos o outro como um “eu mesmo”; dizia João “...Quem tiver duas túnicas, reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, faça da mesma maneira.” (Lucas 3:11). 

Aproximamo-nos do Domingo de Ramos, dia Nacional da Coleta da Solidariedade, onde somos todos chamados a exercer, de forma verdadeiramente cristã, a fraterna solidariedade quaresmal da partilha não do que nos resta ou sobra, mas daquilo que falta ao nossos irmãos e irmãs mais vulneráveis e necessitados de nossa ajuda. A solidariedade é uma virtude eminentemente cristã, onde a pratica da partilha dos bens espirituais deve caminhar lado a lado com a partilha dos bens materiais. Desde que o mundo é mundo, há os que possuem mais e os que necessitam de ajuda, e isso nos leva à aprender a dividir, a partilhar o que temos com os que menos têm e isso deveria ser tão óbvio quanto a certeza de que o sol existe mesmo quando o dia está nublado. Porém, a maioria acaba por ignorar essa realidade, deixando que as instituições existentes façam o que cabe a cada um de nós fazermos. 

Se há quem ‘põe a mão na massa’ em nosso lugar, por causa da nossa falta de aptidão ou de tempo, sejamos o outro lado, os que sustentam! Essas instituições vivem de doação financeira e não apenas da boa vontade dos voluntários diários. Em nossa Diocese, neste Domingo de Ramos, dia da Coleta Nacional da Campanha da Fraternidade, a parte arrecadada que cabe nós, será destinada às entidades assistenciais, não particulares, das 61 Paróquias que compõem o território diocesano. São Asilos, Casas de Acolhida e Abrigos que dão assistência a idosos sem família, em condições de vulnerabilidade ou que foram mesmo abandonados e que, sem esse recurso assistencial voluntário, estariam nas ruas, desamparados de tudo, inclusive de dignidade. 

A maioria dessas casas e asilos são mantidos graças aos cuidados da Sociedade São Vicente de Paulo, os Vicentinos, que fazem um trabalho excepcional de arrecadação contínua para suprir as necessidades básicas e fundamentais de tantos irmãos e irmãs necessitados de tudo, verdadeiramente tudo. Você, caro irmão, que fez um propósito de jejum ou penitência nessa Quaresma, doe em dobro o que economizou! E, caso não tenha feito nenhum propósito, doe ainda mais, como uma penitência pelo que não fez. Olhe para o que tens e olhe para tantos que nada têm. Não é o que sobra, é o que falta para muitos irmãos e irmãs que só terão se você for generoso.