Nesta eleição, os candidatos à Prefeitura de Apucarana estão sendo bem mais requisitados que em outros pleitos para apresentar suas propostas nas mais diferentes frentes. Os postulantes ao cargo já participaram de um debate comandado por médicos para falar a respeito dos rumos da saúde, em evento promovido pela Unimed, e foram sabatinados por comerciantes, em encontro realizado anteontem pelo Sindicato do Comércio Varejista de Apucarana (Sivana). Os candidatos também vão contar o que pensam a respeito do desenvolvimento da cidade a empresários da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia), que organiza sua sabatina para o início da semana que vem. Isso sem falar no debate promovido pela OAB, que levou muitos eleitores ao anfiteatro da Unespar, e nas tradicionais sabatinas e entrevistas promovidas pela imprensa. O espaço está sendo aberto, ainda que nem sempre seja bem aproveitado.
Poucos agentes
Com a possível volta da dengue em um cenário muito pior do que se registrou no início do ano, a população começa a se preocupar com a falta de prevenção por parte do poder público. Em Apucarana, segundo se apurou, existem apenas 28 agentes de endemias aptos a combater o mosquito e fiscalizar quintais e terrenos baldios para conter a proliferação da doença. Comparado com Arapongas, que destacou 80 agentes e tem uma população um pouco menor que a de Apucarana, há uma discrepância ainda maior se considerado o número de óbitos até agora. Em Apucarana, já foram registradas quase três dezenas de mortes em 2024, enquanto em Arapongas o número foi quase a metade.
Na reta final
Com a campanha política entrando na reta final, os ânimos em alguns comitês de Apucarana começam a ficar um pouco mais exaltados. Os candidatos a prefeito não perdoam a mínima falha de seus assessores, principalmente no agendamento de visitas às empresas e os arrastões na periferia. Para quem disputa um cargo majoritário pela primeira fez, pode ser o caos, mas para quem já participou de outras campanhas sabe que esses atropelos de última hora são normais. O nervosismo do candidato a prefeito é muito mais pelo fato de saber que se não chegar em primeiro dia 6 de outubro, de nada adianta todo esforço e desgastes físico e emocional. Afinal não tem segundo turno na cidade e ficar em segundo na eleição de nada adianta.
Rodada de Pesquisas
Além do Instituto IRG, de Curitiba, como já foi noticiado por esta coluna, várias outras empresas de pesquisa estão ou estarão a campo nos próximos dias em Apucarana para levantar a quantas anda a eleição de prefeito na cidade. Não há por ora e dificilmente haverá alguma pesquisa sendo registrada no Tribunal Superior Eleitoral para que possa se tornar pública. Os candidatos e seus respectivos assessores contratam institutos de pesquisa apenas para consumo interno. Mesmo assim são pouquíssimas pessoas dentro da coordenação de campanha que têm acesso aos números. O objetivo é manter elevada a moral da tropa, seja boa ou ruim a pesquisa.
Igreja Católica
Ao contrário das igrejas pentecostais que falam abertamente em política e declaram apoio à candidatos a prefeito e vereador, a Igreja Católica em Apucarana não se manifesta de forma alguma, nem reservadamente e muito menos nas missas. Mesmo assim, alguns candidatos dizem ter apoio de padres e até do bispo, com intuito de agregar força à campanha e atrair eleitores. Em uma ou outra missa, algum sacerdote em sermão pode até pedir ao eleitor para votar com a consciência e não deixar se levar pela ganância de venda de voto. No entanto, citar nome, partido ou sugerir voto não há, até aqui, nenhum registro na Diocese.