COLUNA DA TRIBUNA

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Grupo dos oito na Câmara

Da Redação

| Edição de 10 de outubro de 2024 | Atualizado em 10 de outubro de 2024

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Os oito vereadores de Apucarana eleitos na coligação apoiada pelo prefeito Junior da Femac (MDB) estão se articulando para formar um grupo coeso e unido visando a próxima Legislatura. A intenção não é atrapalhar a nova administração municipal, segundo fazem questão de deixar isso bem nítido. O objetivo deles é criar uma Câmara forte e focada no desenvolvimento da cidade, criando leis e elaborando propostas para contribuir com o prefeito eleito Rodolfo Mota (União Brasil). É evidente que os oito vereadores unidos passam a ter muita força no Legislativo, inclusive para alterar artigos da Lei Orgânica do Município e, se assim entenderem, criar emendas impositivas no orçamento, tal qual existe na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Pode ser interessante, desde que tenham destino correto.

Construir a cidade

Enquanto alguns segmentos de Apucarana, por interesse pessoal, ou qualquer outra coisa, insistem em denegrir a cidade mostrando só o que julgam ter de errado e ignorando o que existe de bom, não há como atrair investimentos de fora. Que empresário em seu perfeito juízo viria investir em uma cidade que aos olhos de uns é terra arrasada? Problemas em Apucarana existem e não são poucos, seja na área administrativa, seja na informalidade, seja na criminalidade e outros que nem convém expor. Mas daí transformar a cidade em terra arrasada não é papel de apucaranense que ama sua cidade e dela tira seu sustento. Quem tem amor por Apucarana, independente de ser um simples cidadão, político ou empresário, tem sempre que saber separar o joio do trigo. Nem tudo é o caos.

Exemplos da Tribuna

O jornal Tribuna do Norte, em seus mais de 30 anos de existência, sempre defendeu Apucarana de unhas e dentes, independente de quem seja o prefeito de plantão, lutando por investimentos na cidade. Nasceu na Tribuna o Centro Moda, hoje Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Foi também na Tribuna que surgiu a criação da Região Metropolitana de Apucarana, que reduziu o preço do programa Minha Casa, Minha Vida na cidade. A Tribuna, através do então secretário de Transportes, Nelson Justus, conseguiu antecipar em 13 anos a duplicação Apucarana-Arapongas. A Tribuna igualmente teve participação na construção do novo Fórum da cidade e na criação da 2ª Vara Criminal. A Tribuna foi decisiva na construção da maior escola estadual de Apucarana, a ‘Três Reis’. É assim que se ajuda no desenvolvimento de uma cidade.

Só criticar perde

A cidade de Apucarana nos últimos anos foi bombardeada por críticas contundentes e dezenas de denúncias contra a administração municipal, perpetradas pelo vereador Lucas Leugi (PSD) que, para tanto, usou e abusou da tribuna da Câmara e alguns meios de comunicação social. O pior é que as críticas, algumas oportunas e até necessárias, nunca vieram acompanhadas de qualquer sugestão plausível para resolver o problema em questão. O resultado veio nas urnas. Em 2020, Lucas se reelegeu com 2.465 votos, ou sejam, 4,09% dos votos válidos, quando seu comportamento como edil era comedido e propositivo. Já em 2024, apesar de toda exposição em mídia, sua votação caiu para 2.148 votos, ou 3,28% dos votos válidos e não se reelegeu.

“Os” vereadores Neuci e Rosi

O empresário da área de terraplenagem Neuci Venâncio (União Brasil) foi o terceiro vereador eleito mais votado em Califórnia nas eleições do último domingo (06). Com 355 votos, ele garantiu uma cadeira na Câmara após três eleições que não conseguiu se eleger. Por conta do nome “Neuci”, ele convive há anos com algumas brincadeiras, mas sempre leva no bom humor. Na edição de ontem, a Tribuna incluiu o nome dele em uma matéria sobre mulheres eleitas na Câmara. O vereador eleito procurou a redação para pedir a correção e, novamente, precisou usar do bom humor para lidar com a situação. “Aqui é ‘o’ vereador Neuci”, brincou. O mesmo ocorreu com o agricultor Rosimar Gonçalves Cerqueira, o “Rosi Cerqueira”, do MDB, reeleito em Borrazópolis. Ele vai para o quarto mandato na cidade. “O pessoal sempre confunde”, admite.