COLUNA DA TRIBUNA

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Primeira impressão do secretariado

Da Redação

| Edição de 14 de novembro de 2024 | Atualizado em 14 de novembro de 2024

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Ao revelar nesta quinta-feira os três primeiros nomes de seu secretariado, o prefeito eleito de Apucarana, Rodolfo Mota (União Brasil), pode não ter agradado seu eleitorado. O fator positivo foi ter privilegiado as mulheres em seu primeiro anúncio da equipe. O negativo foi trazer de fora, da cidade de Maringá, a futura secretária de Educação, em um menosprezo para as professoras de Apucarana. A nomeação da esposa dele para a Secretaria da Mulher é até compreensível, mas nomear uma advogada para a assistência social gerou um pouco de estranheza, sem contar o fato dela ser a coordenadora do curso de direito na FAP, onde o próprio Rodolfo é professor. Mas como dizia o saudoso governador José Richa, “não existe senhor do bom começo, existe o senhor do bonfim”. Resta então aguardar a formação do restante da equipe para se ter uma ideia de como o prefeito Rodolfo Mota pretende governar a cidade.

Uma laranjada

A Justiça Eleitoral da 28ª Zona de Apucarana nunca foi tão acionada em toda história da existência da Comarca, em seus oitenta anos de criação. Pelo menos não em processos pós eleição. Este ano já foram ajuizadas nada menos do que quatro ações de investigação judicial eleitoral e ainda se comenta nos meios políticos que outras três ou quatro estariam engatilhadas para serem protocoladas. Todas versando sobre o mesmo tema: supostas candidaturas de mulheres “laranjas”. A última ajuizada tem por autora uma candidata mulher à vereadora pelo PT contra o Democracia Cristã. O interessante é que a autora, caso a ação prospere, não teria benefício algum. Fez 350 votos e mesmo com anulação de todos os eleitos, ainda assim não teria assento na câmara. Um integrante do DC comentou ontem que “ela, a autora, é postulante laranja discutindo supostas laranjas”. Pelo visto, estão querendo transformar a eleição em Apucarana em uma “laranjada”...

Revoada a Brasília

Depois de percorrerem todos os gabinetes em Curitiba, em busca de recursos para viabilizar projetos em seus municípios, vários prefeitos eleitos do Vale do Ivaí pegaram avião para aterrissar em Brasília, em busca de alinhavar com deputados federais e senadores emendas que possam beneficiar obras, especialmente na área de infraestrutura. Nesta semana, quem andou circulando pelos corredores do Congresso Nacional foram os prefeitos de Rio Branco do Ivaí, Pedro Taborda, e de Rio Bom, Moisés Andrade, ambos reeleitos, e o prefeito eleito de Rosário do Ivaí, Cesar do Anísio. Em comum, os três são do mesmo partido, o PSD. Todos regressaram satisfeitos com as conversas mantidas com os parlamentares, classificando a viagem como muito proveitosa. Diante da escassez de recursos próprios para realizar obras de impacto em seus municípios, os prefeitos dizem precisar e muito dos recursos estaduais e federais para viabilizá-las.

A força de Gil

Se tem um prefeito da região do Vale do Ivaí que vem mostrando força em suas gestões, este prefeito é o de Ivaiporã, Carlos Gil (PSD). Em seu primeiro mandato, entre 2013/2016, o prefeito Gil fez história ao conseguir do governo do Estado a construção na cidade de um Hospital Regional, sem falar em outras obras de mobilidade urbana de grande impacto. Em seu segundo mandato, entre 2021/2024, o prefeito de Ivaiporã conseguiu construir o parque de exposições da cidade, implementou novos cursos universitários no campus da Universidade Estadual de Maringá e, para coroar com chave de ouro, um curso de medicina na Fatec. O fato de ter um hospital regional na cidade influenciou e muito nessa conquista, como, aliás, aconteceu com Telêmaco Borba, onde também se instalou um curso de medicina por dispor de um hospital público de grande porte. Agora, Ivaiporã tem no radar atrair grandes investimentos privados.

Trem pé vermelho

A implantação de um novo modal ferroviário entre Londrina e Maringá, passando por Apucarana, visando o transporte de passageiros, o chamado trem pé vermelho, voltou a ser discutida. Um estudo de viabilidade técnica e econômica está em elaboração no Ministério dos Transportes e deve ficar pronto em julho do ano que vem, segundo conta a deputada federal Luísa Canziani (PSD). Ela herdou o projeto do pai, o ex-deputado federal e atual secretário estadual de Inovação, Alex Canziani, e está acompanhando o andamento de perto em Brasília. O trem pé vermelho também ganhou adesão de importantes prefeitos eleitos da região. O prefeito eleito de Londrina, Tiago Amaral (PSD), já incluiu essa pauta em recente encontro com gestores eleitos em Cambé, Ibiporã, Rolândia, Apucarana e Arapongas, cidades por onde o trem passaria. O maior problema para implantação estaria na mudança da bitola da linha férrea.