Como esta coluna já havia adiantado em edições passadas, o atual prefeito de Cambira, Emerson Toledo (MDB), vai mesmo assumir uma secretaria na administração do prefeito eleito de Apucarana, Rodolfo Mota (União Brasil). Toledo, que é o atual presidente da Amuvi - Associação dos Municípios do Vale do Ivaí, vai ser o futuro secretário de Assuntos Estratégicos. Apesar da nova função que passa a exercer a partir de primeiro janeiro, Toledo deve manter residência em Cambira, até pela proximidade de Apucarana, sem contar o fato de ter eleito sua sucessora na Prefeitura, a atual secretária de Saúde, Ana Lúcia. Uma das razões que levou Toledo a aceitar o convite de Rodolfo foi sua pretensão de tornar seu nome ainda mais conhecido para uma pretensa candidatura a deputado estadual em 2026.
Saúde e finanças
Depois dos três novos secretários anunciados ontem para as pastas do Meio Ambiente, Assuntos Estratégicos e Serviços Públicos, o prefeito eleito de Apucarana, Rodolfo Mota (União Brasil), ainda não conseguiu definir nomes para duas importantes secretarias: Saúde e Finanças. Para a secretaria de Saúde, Rodolfo até teria convidado o atual prefeito de Marilândia do Sul, Aquiles Takeda, que, por razões particulares, declinou do convite. Já para a secretaria de Finanças especula-se muito o nome do professor e economista Rogério Ribeiro que teria dificuldade em conciliar sua atividade na Unespar, campus de Apucarana, antiga Fecea. Rogério até tem confidenciado a amigos que tem vontade de ajudar a administração de Rodolfo sem, entanto, prejudicar sua carreira no magistério.
Esperando dissidência
Pode até parecer que o prefeito Rodolfo Mota não se importa com a eleição do futuro presidente da Câmara Municipal de Apucarana, mas em verdade ele está adotando a estratégia de aguardar se haverá ou não mais dissidência no chamado “grupo dos oito” para trabalhar o nome de seu candidato, no caso o vereador reeleito Moisés Tavares. Como elegeu só três dos onze vereadores e já teria sido procurado por dois vereadores do “grupo dos oito” se oferecendo para uma composição, bastaria angariar mais um dissidente para formar maioria. O problema é que os dois vereadores eleitos no grupo do prefeito Junior da Femac que o estão assediando desejam a presidência, o que estaria encontrando muita resistência entre os três vereadores de sua coligação. Rodolfo até quer os votos deles, mas sem nenhum compromisso.
Colega de endividamento
Apucarana não está sozinha entre os municípios do Paraná com as maiores dívidas públicas do país. A Prefeitura de Maringá, considerada uma das cidades mais ricas do Norte do Paraná e eleita como uma das melhores para se viver no Brasil, está com uma dívida consolidada de R$ 1,1 bilhão, praticamente o mesmo valor devido pela Prefeitura de Apucarana. Vale lembrar que a origem do maior volume da dívida apucaranense é resultado de um empréstimo contraído em 1994 pelo então prefeito Valter Pegorer junto aos bancos Santos e Itamarati, dívida essa depois repassada ao tesouro nacional por um outro ex-prefeito, Carlos Scarpelini. O valor original da dívida era de R$ 3 milhões, que saltou para quase R$ 30 milhões quando foi assumida pelo tesouro nacional. Hoje passa de R$ 900 milhões.
Se vira nos trinta
Para participar da reunião de prefeitos eleitos com o governador Ratinho Junior dia 18 deste mês em Curitiba, o prefeito eleito de Apucarana, Rodolfo Mota, vai ter que se virar nos trinta. Ocorre que no mesmo dia do encontro na Capital vai acontecer a diplomação do prefeito, vice e vereadores eleitos de Apucarana. O seminário de prefeitos com o governador começa às 9 horas da manhã e segue até o horário do almoço, no Restaurante Madalosso. Já a solenidade de diplomação dos eleitos em Apucarana está programada para acontecer às 18 horas. Para estar presente em Curitiba pelo menos no período da manhã e participar do ato solene de diplomação em Apucarana, Rodolfo vai ter que percorrer os 350 quilômetros que separam a cidade da Capital num curto prazo de tempo, sem direito a pit stop.