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Balança comercial registra superávit de US$ 2,99 bi em setembro

(via Agência Brasil)

| Edição de 06 de outubro de 2025 | Atualizado em 06 de outubro de 2025

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O superávit da balança comercial brasileira sofreu uma retração em setembro, impactado pela importação de uma plataforma de petróleo de Cingapura. No mês passado, o país registrou um saldo positivo de US$ 2,99 bilhões, uma queda de 41,1% em comparação com o mesmo período de 2024, quando o superávit foi de US$ 5,08 bilhões. Este foi o menor superávit para o mês em uma década.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). De janeiro a setembro, o superávit acumulado da balança comercial foi de US$ 45,478 bilhões, representando uma diminuição de 22,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em setembro, as exportações atingiram um recorde de US$ 30,53 bilhões, um aumento de 7,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. As importações, por sua vez, somaram US$ 27,541 bilhões, um crescimento de 17,7% na mesma comparação.

Variações nas Exportações e Importações

O volume de mercadorias exportadas em setembro cresceu 10,2%, enquanto os preços médios caíram 2,5% em relação a setembro de 2024. Nas importações, o volume de bens adquiridos aumentou 6,2%, com o preço médio subindo 1,6%.

Exportações por Categoria

As principais variações nas exportações, em comparação com setembro do ano passado, foram:

  • Agropecuária (+18%):
    • Milho não moído, exceto milho doce: +22,5%
    • Soja: +20,2%
    • Café não torrado: +11%
  • Indústria extrativa (+9,2%):
    • Pedra, areia e cascalho: +50,3%
    • Óleos brutos de petróleo: +16,6%
    • Minério de ferro e seus concentrados: +3,3%
  • Indústria de transformação (+2,5%):
    • Ouro não monetário, excluindo minérios: +94,4%
    • Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada: +55,6%
    • Veículos automóveis de passageiros: +50%

Importações por Categoria

As principais variações nas importações foram:

  • Bens de capital: +73,2%, impulsionado pela plataforma de petróleo
  • Bens intermediários: +10,5%
  • Bens de consumo: +20,1%, puxado pelo crescimento econômico
  • Combustíveis: -15,2%

Entre os produtos importados, destacam-se o aumento de 564,7% na compra de soja na agropecuária; fertilizantes brutos (+63,5%) na indústria extrativa; e motores e máquinas não elétricos (+63,1%) na indústria de transformação.

Revisão das Projeções para 2025

O Mdic revisou as projeções da balança comercial para 2025, com as seguintes mudanças:

  • Superávit comercial: de US$ 50,4 bilhões para US$ 60,9 bilhões
  • Exportações: de US$ 341,9 bilhões para US$ 344,9 bilhões
  • Importações: de US$ 291,5 bilhões para US$ 284 bilhões

As projeções são revisadas trimestralmente. A estimativa anterior, divulgada em julho, não considerava os efeitos do tarifaço dos Estados Unidos. No ano passado, a balança comercial registrou um superávit de US$ 74 bilhões, com o recorde de superávit alcançado em 2023, quando o saldo positivo foi de US$ 98,9 bilhões.

As estimativas do Mdic são mais pessimistas do que as das instituições financeiras. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central com analistas de mercado, a balança comercial deve encerrar o ano com um superávit de US$ 64,4 bilhões.



Com informações da Agência Brasil