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Balança comercial tem saldo positivo de US$ 6,1 bi em agosto

(via Agência Brasil)

| Edição de 04 de setembro de 2025 | Atualizado em 04 de setembro de 2025

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O Brasil encerrou o mês de agosto com um superávit na balança comercial de US$ 6,133 bilhões, conforme dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). As exportações somaram US$ 29,861 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 23,728 bilhões, resultando em uma corrente de comércio de US$ 53,589 bilhões no período.

No acumulado do ano, as exportações atingiram US$ 227,583 bilhões e as importações, US$ 184,771 bilhões, gerando um saldo positivo de US$ 42,812 bilhões e uma corrente de comércio de US$ 412,354 bilhões. Comparando com agosto de 2024, as exportações cresceram 3,9%, quando o país exportou US$ 28,74 bilhões.

Desempenho por Setor

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a agropecuária cresceu US$ 0,51 bilhões (8,3%), a indústria extrativa aumentou US$ 0,74 bilhões (11,3%), enquanto os produtos da indústria de transformação registraram uma queda de US$ 0,14 bilhões (-0,9%).

As importações caíram 2% em relação a agosto do ano passado, quando o volume foi de US$ 24,22 bilhões. A agropecuária teve um desempenho praticamente estável, com crescimento de 0,4%. A indústria extrativa cresceu US$ 0,37 bilhões (26,5%), mas os produtos da indústria de transformação caíram US$ 0,85 bilhões (-3,8%).

Exportações por Destino

Em agosto, as exportações brasileiras para o Reino Unido cresceram 11%, para o México 43,82%, para a Argentina 40,37%, para a China 31% e para a Índia 58%. Por outro lado, as maiores quedas foram para a Bélgica (43,8%), Espanha (31,3%), Coreia do Sul (30,44%) e Singapura (17,1%).

Queda nas Exportações para os EUA

As exportações para os Estados Unidos caíram 18,5%, com destaque para o minério de ferro, que não teve nenhuma exportação registrada. As vendas de aeronaves e partes caíram 84,9%, açúcar 88,4%, e motores e máquinas não elétricos 60,9%. Outros produtos, como carne bovina fresca, máquinas de energia elétrica, celulose, produtos semiacabados de ferro e aço, óleos combustíveis e madeira, também registraram quedas significativas.

De acordo com Herlon Brandão, diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, essa queda foi influenciada pela antecipação das vendas em julho, em resposta ao anúncio de aumento de tarifas pelo governo de Donald Trump. "Atribuo isso muito à antecipação que ocorreu em julho, quando houve uma carta no dia 9 de julho afirmando que as tarifas iam aumentar em 50% para o Brasil e isso gerou incerteza entre os exportadores e tivemos crescimento das exportações para os Estados Unidos de 7%", explicou.



Com informações da Agência Brasil