ECONOMIA

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Bolsa sobe pela sétima vez seguida e volta a bater recorde

(via Agência Brasil)

| Edição de 30 de outubro de 2025 | Atualizado em 31 de outubro de 2025

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Em meio a um cenário de pressões tanto no mercado interno quanto no externo, a bolsa de valores brasileira voltou a se destacar, atingindo novos recordes ao se aproximar dos 149 mil pontos. O dólar, por sua vez, interrompeu uma sequência de três quedas consecutivas, subindo e se aproximando da marca de R$ 5,40.

O índice Ibovespa, principal indicador da B3, encerrou a quinta-feira (30) com 148.780 pontos, registrando uma leve alta de 0,1%. Após um início de dia em queda, a bolsa conseguiu se recuperar ainda pela manhã, mantendo-se próxima da estabilidade ao longo do dia.

Essa foi a sétima alta consecutiva do Ibovespa, que acumula ganhos de 3,23% nos últimos sete pregões.

Por outro lado, o câmbio não seguiu a mesma tendência de alívio. O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,38, com uma alta de R$ 0,022, ou 0,42%. No início da manhã, a moeda chegou a atingir R$ 5,39, mas desacelerou ao longo do dia.

Em outubro, o dólar registra uma alta de 1,09%, mas apresenta uma queda de 0,21% na semana. No acumulado de 2025, a moeda americana registra uma queda de 12,95%.

Fatores de Cautela

O mercado foi influenciado por fatores internos e externos. Internacionalmente, a cautela após declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), impulsionou o dólar globalmente. Após a reunião de quarta-feira (29), onde o Fed reduziu os juros básicos dos EUA em 0,25 ponto percentual, Powell indicou que não há garantias de um novo corte em dezembro.

Juros elevados em economias desenvolvidas tendem a provocar a saída de capitais de mercados emergentes, como o Brasil. A apreensão em relação ao Fed ofuscou o resultado da reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, que culminou no anúncio de um acordo sobre terras raras.

Impacto do Caged

No Brasil, o mercado foi impactado pela divulgação dos dados do Caged, que indicaram a criação de 213 mil empregos formais em setembro. Apesar de representar uma queda de 15,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, o resultado superou as expectativas dos investidores.

Após a divulgação dos números do Caged, a bolsa perdeu o patamar dos 149 mil pontos. Isso porque o desempenho positivo do mercado de trabalho aumenta as expectativas de que o Banco Central (BC) possa adiar o início do ciclo de cortes na Taxa Selic, os juros básicos da economia brasileira. Juros mais altos tendem a atrair investimentos para a renda fixa, como títulos do Tesouro Nacional, em detrimento de aplicações mais arriscadas na bolsa.

* com informações da Reuters



Com informações da Agência Brasil