ECONOMIA

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CNI mantém previsão de alta do PIB em 2,3% mesmo com tarifaço dos EUA

(via Agência Brasil)

| Edição de 19 de agosto de 2025 | Atualizado em 19 de agosto de 2025

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manteve sua previsão de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, mesmo diante do aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos ao Brasil. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (19) no Informe Conjuntural do 2º trimestre, publicado pela entidade.

A CNI ajustou suas projeções para a indústria e a agropecuária. A expectativa de crescimento da indústria foi reduzida de 2% para 1,7% em 2025, enquanto a previsão para a agropecuária foi elevada de 5,5% para 7,9%. "O setor agropecuário, aliado a um mercado de trabalho aquecido, deve sustentar o crescimento de 2,3% do PIB, mesmo com o aumento das tarifas americanas sobre as exportações brasileiras", afirmou a entidade em nota.

Indústria de Transformação, Construção e Extrativista

O informe destaca que os juros elevados, o ritmo intenso das importações e a provável queda nas exportações, devido à nova política comercial dos EUA, devem restringir a atividade industrial. A projeção para o crescimento da indústria de transformação em 2025 foi revisada de 1,9% para 1,5%.

Por outro lado, a indústria da construção deve continuar aquecida, impulsionada pela continuidade dos projetos iniciados em 2024 e pelo bom desempenho do programa Minha Casa, Minha Vida, que registrou um aumento de 31,7% nos lançamentos no 1º trimestre. A CNI manteve a estimativa de crescimento do PIB do setor em 2,2%.

A indústria extrativa também desponta como um dos destaques positivos do ano. "Não é à toa que a CNI dobrou a expectativa de crescimento do setor de 1% para 2%, principalmente devido ao aumento da produção de petróleo", destacou a entidade.

Massa de Rendimento dos Trabalhadores

As previsões da CNI indicam um aumento de 1,5% no número de pessoas ocupadas em 2025, 0,6 ponto percentual acima da projeção anterior. A massa de rendimento real deve crescer 5,5%, 0,7 ponto percentual a mais em comparação com a previsão passada. "Com isso, a taxa de desocupação média deverá atingir o menor patamar da história pelo segundo ano consecutivo, situando-se em 6%", concluiu a CNI.



Com informações da Agência Brasil