Em um dia marcado por tensões tanto no Brasil quanto no exterior, o dólar se aproximou de R$ 5,60, encerrando o dia no valor mais alto em mais de um mês. Simultaneamente, a bolsa de valores registrou sua sexta queda consecutiva, atingindo o menor nível em 35 dias.
Nesta segunda-feira (14), o dólar comercial foi vendido a R$ 5,584, representando um aumento de R$ 0,036 (+0,65%). Durante a manhã, a cotação esteve próxima da estabilidade, mas disparou após a abertura dos mercados norte-americanos. No pico do dia, por volta das 16h45, a moeda chegou a R$ 5,59.
A moeda norte-americana atingiu seu nível mais alto desde 5 de junho. Em julho, acumula uma alta de 2,76%, embora registre uma queda de 9,67% em 2025.
O mercado de ações também enfrentou um dia turbulento. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 135.299 pontos, com uma queda de 0,65%, marcando o menor patamar desde 9 de junho.
Fatores de Instabilidade
Fatores internos e externos contribuíram para a instabilidade no mercado financeiro. No Brasil, os investidores aguardam a audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF), que discutirá a validade do decreto que elevou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), prevista para esta terça-feira (15).
Impacto Internacional
Entretanto, o fator que mais influenciou o mercado financeiro global foi a escalada das ameaças do governo de Donald Trump em aumentar as tarifas comerciais. No fim de semana, o presidente norte-americano anunciou a elevação para 30% das tarifas sobre produtos da União Europeia e do México, a partir de 1º de agosto.
Nesta segunda-feira, Trump anunciou a intenção de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos da Rússia, caso o país não cesse os ataques à Ucrânia nos próximos 50 dias. O dólar atingiu o maior valor em três semanas frente a moedas de economias avançadas.
*Com informações da Reuters
Com informações da Agência Brasil