ECONOMIA

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Empresas pagavam, em média, 15,8% mais a homens que a mulheres em 2023

(via Agência Brasil)

| Edição de 13 de novembro de 2025 | Atualizado em 13 de novembro de 2025
Imagem descritiva da notícia Empresas pagavam, em média, 15,8% mais a homens que a mulheres em 2023

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Em 2023, a diferença salarial entre homens e mulheres ainda era significativa, com os homens recebendo, em média, 15,8% a mais do que as mulheres. Enquanto eles tinham uma remuneração de R$ 3.993,26, elas recebiam R$ 3.449,00, resultando em uma diferença mensal de R$ 544,26.

Essa disparidade salarial significa que o salário médio das mulheres correspondia a 86,4% do que os homens ganhavam. Essa informação faz parte do levantamento Estatísticas do Cadastro Central de Empresas, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados mais recentes são de 2023.

Nos últimos dois anos, a diferença salarial entre homens e mulheres diminuiu. Em 2022, a diferença era de 17% a favor dos homens.

Empresas e Organizações

O levantamento do IBGE consolidou informações de empresas e instituições com Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), incluindo órgãos públicos e entidades sem fins lucrativos. Em 2023, o Brasil contava com 10 milhões de empresas e organizações formais ativas, um aumento de 6,3% em relação a 2022. Destas, 7 milhões não tinham pessoal assalariado.

Essas empresas e organizações empregavam 66 milhões de pessoas ao final de 2023, um crescimento de 5,1% em relação ao ano anterior. Do total de ocupados, 79,8% (52,6 milhões) eram assalariados, enquanto 13,3 milhões eram sócios e proprietários.

O salário médio em 2023 era de R$ 3.745,45, representando um aumento de 2% em comparação com 2022. O IBGE não detalha a diferença salarial entre homens e mulheres em funções idênticas, mas sim no total de rendimentos pagos por empresas e organizações.

Embora os homens representem 54,5% dos assalariados, eles recebiam 58,1% da massa salarial. As mulheres, que constituem 45,5% dos assalariados, recebiam 41,9% do total da renda.

Presença de Homens e Mulheres

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Professora trabalha no Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 001 no Catete, na zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O IBGE destaca que 19,4% dos homens trabalham na indústria de transformação. Outros setores com alta presença masculina incluem o comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (18,8%) e a administração pública, defesa e seguridade social (13%).

Entre as mulheres, 19,9% atuam na administração pública, defesa e seguridade social. Seguem-se o comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (18,2%) e saúde humana e serviços sociais (11,1%).

A construção é a atividade com maior percentual masculino, com 87,4% dos assalariados sendo homens. Indústrias extrativas (83,1%) e transporte, armazenagem e correio (81,3%) também têm alta presença masculina.

Por outro lado, a saúde humana e serviços sociais é o setor com maior participação feminina, com 75% dos trabalhadores sendo mulheres, superando a educação (67,7%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (57,5%) e alojamento e alimentação (57,2%).

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Trabalhador da construção civil no Rio de Janeiro - Fernando Frazão/Agência Brasil

Escolaridade

O levantamento do IBGE também analisou a escolaridade dos trabalhadores. Entre os assalariados, 76,4% não tinham nível superior. Aqueles com formação universitária recebiam, em média, um salário mensal de R$ 7.489,16, três vezes o rendimento dos que não possuíam nível superior, que era de R$ 2.587,52.

O setor de educação tinha o maior percentual de assalariados com ensino superior, com 65,5%. Em seguida, estavam as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (59,9%) e organismos internacionais (57,4%).

No setor de alojamento e alimentação, 96,1% dos assalariados não tinham ensino superior, assim como 93,8% dos trabalhadores na agropecuária.



Com informações da Agência Brasil