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Exportação de carne bovina bate recorde em mês anterior ao tarifaço

(via Agência Brasil)

| Edição de 13 de agosto de 2025 | Atualizado em 13 de agosto de 2025

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No mês que antecedeu a implementação do tarifaço nos Estados Unidos, as exportações brasileiras de carne bovina atingiram um novo recorde. Em julho, foram embarcadas 313.682 toneladas, um aumento de 15,6% em relação a junho e de 17,2% comparado a julho de 2024, quando o volume foi de 267.885 toneladas. Em termos financeiros, as vendas de carne bovina geraram US$ 1,67 bilhão.

Esses dados são fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) e foram compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que representa 47 empresas responsáveis por 98% das exportações de carne bovina do Brasil.

A China foi o principal destino das exportações no mês, adquirindo 160,6 mil toneladas, o que representa 51,2% do total, somando US$ 881,9 milhões. Isso representa um aumento de 18,1% em relação a junho e de 16,7% comparado a julho de 2024. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, com 18,2 mil toneladas (US$ 119,9 milhões), seguidos por México (15,6 mil toneladas; US$ 88,3 milhões), Rússia (13,8 mil toneladas; US$ 61,5 milhões) e União Europeia (11,8 mil toneladas; US$ 99,4 milhões).

De acordo com a Abiec, a carne bovina in natura representou 88,27% dos embarques, totalizando 276,9 mil toneladas, um aumento de 14,8% em relação a junho e de 16,7% comparado a julho de 2024. A exportação de miúdos representou 6,23% do total, enquanto a venda de produtos industrializados foi de 3,27%. Ambas as categorias apresentaram crescimentos expressivos em relação ao mês anterior.

Acumulado do ano

De janeiro a julho, o Brasil exportou 1,78 milhão de toneladas de carne bovina, gerando US$ 8,9 bilhões em receitas. Isso representa um aumento de 14,1% em volume e de 30,2% em valor em comparação com o mesmo período de 2024.

A China continua sendo o principal destino anual, com 801,8 mil toneladas (44,9% do total) e US$ 4,10 bilhões, seguida pelos Estados Unidos (199,7 mil toneladas; US$ 1,16 bilhão), Chile (69,3 mil toneladas; US$ 373,3 milhões), México (67,7 mil toneladas; US$ 364,6 milhões) e Rússia (60 mil toneladas; US$ 252,6 milhões).

Em relação ao crescimento no acumulado do ano, os mercados que mais se destacaram em volume foram México (+217,6%), União Europeia (+109,7%) e Canadá (+101,1%). Outros mercados que também registraram aumentos significativos foram Angola (+49,3%), Geórgia (+10,8%) e Arábia Saudita (+26,9%).

Diversificação

Em 2025, conforme a Abiec, o Brasil exportou carne bovina para cerca de 160 mercados, consolidando-se como o maior exportador mundial. Além dos destinos tradicionais, houve um aumento significativo da presença em mercados estratégicos no Oriente Médio, Sudeste Asiático e Leste Europeu.

Na avaliação da Abiec, os resultados reforçam a competitividade da carne bovina brasileira e o esforço conjunto da cadeia produtiva para atender a diferentes perfis de consumo globalmente. Apesar de a carne ter sido incluída na tarifa de 50% do governo de Donald Trump, a entidade acredita que o cenário continuará positivo no segundo semestre, com expectativa de manutenção da demanda e surgimento de novas oportunidades comerciais.



Com informações da Agência Brasil