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Governo começa a transferir empréstimos antigos para app do consignado

(via Agência Brasil)

| Edição de 21 de agosto de 2025 | Atualizado em 21 de agosto de 2025

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Os trabalhadores que possuem operações antigas de crédito consignado agora têm a facilidade de realizar a portabilidade diretamente pelo celular. A partir desta quinta-feira (21), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) vai transferir aproximadamente 4 milhões de contratos antigos para a plataforma Crédito do Trabalhador, que oferece crédito com juros mais baixos para trabalhadores com carteira assinada.

A migração para o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, que abriga o Crédito do Trabalhador, ocorrerá até novembro. Os contratos antigos são de funcionários de empresas que tinham acordos com bancos para oferecer empréstimos com desconto das parcelas no salário. Esse modelo será descontinuado em novembro.

No modelo anterior, as empresas privadas precisavam firmar convênios com um banco específico para permitir o desconto na folha de pagamento. O trabalhador CLT só podia contratar o crédito consignado na instituição com a qual o empregador tinha convênio e compartilhava os dados funcionais.

Com o Programa Crédito do Trabalhador, mais de 70 bancos e instituições financeiras terão acesso ao perfil dos trabalhadores com carteira assinada por meio do eSocial, sistema eletrônico que unifica informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais de empregadores e empregados de todo o país. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o volume de crédito consignado privado pode ultrapassar R$ 120 bilhões neste ano.

Desde junho, os trabalhadores podem fazer a portabilidade de operações antigas do crédito consignado privado, escolhendo a instituição financeira que oferece as melhores condições, como juros baixos e parcelas reduzidas. Até então, o processo só podia ser realizado por meio do aplicativo do banco ou nas agências bancárias.

A migração das operações antigas para a plataforma Crédito do Trabalhador, disponível no aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou na página de mesmo nome na internet, será realizada pela Dataprev, estatal contratada pelo Ministério do Trabalho e Emprego para desenvolver a plataforma.

Ampliação

Esta é a quarta etapa de ampliação da portabilidade da nova linha de consignado para trabalhadores CLT. Em abril, os trabalhadores puderam trocar dívidas mais caras por mais baratas dentro do mesmo banco. Em maio, começou a valer a migração do consignado para CLT entre bancos diferentes.

Desde junho, quem contratou a nova modalidade de consignado privado pode trocar de instituição financeira, optando por aquela que oferece juros mais baixos. Nesta etapa, qualquer dívida de qualquer banco pode ser migrada, inclusive as linhas do Crédito do Trabalhador contratadas desde março. No entanto, o procedimento só podia ser feito nos aplicativos e sites das mais de 70 instituições financeiras habilitadas no programa.

Também chamada de Consignado para CLT, a nova modalidade emprestou, até o final da semana passada, R$ 27,8 bilhões a 3.919.679 trabalhadores. Foram assinados 5.643.384 contratos, com juros médios de 3,58% ao mês. Cerca de 60% das operações atendem trabalhadores que ganham até quatro salários mínimos.

Imagem ilustrativa da imagem Governo começa a transferir empréstimos antigos para app do consignado
Arte/Agência Brasil

Como funciona

No aplicativo Carteira de Trabalho Digital, o trabalhador autoriza o compartilhamento de seus dados, como CPF, tempo de empresa e margem disponível.

  • Em até 24 horas, instituições financeiras enviam ofertas de crédito;
  • O trabalhador escolhe a melhor proposta, com juros menores;
  • As parcelas são descontadas diretamente na folha de pagamento;
  • Até 35% da renda mensal podem ser comprometidos com o empréstimo.

Como pedir a portabilidade

  • Verificar se o banco de destino oferece o novo consignado para CLT;
  • Pedir a portabilidade nos canais digitais da instituição (site ou aplicativo);
  • A partir de 21 de agosto, a portabilidade também pode ser pedida no aplicativo Carteira de Trabalho, com migração gradual até novembro;
  • A nova instituição quita a dívida anterior e assume o crédito automaticamente, com os juros e os prazos da nova linha.



Com informações da Agência Brasil