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Haddad não vai à ONU para acompanhar possível votação de isenção do IR

(via Agência Brasil)

| Edição de 19 de setembro de 2025 | Atualizado em 19 de setembro de 2025

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, optou por não participar da Assembleia Geral da ONU, que ocorrerá entre 22 e 26 de setembro nos Estados Unidos. A decisão foi tomada devido à possibilidade de o Congresso Nacional votar a reforma do imposto de renda durante esse período.

"Eu vou permanecer no Brasil em virtude dessa possibilidade. Nós entendemos que, possivelmente, os líderes se reúnam na Câmara [dos Deputados] para julgar a conveniência e a oportunidade de levar a plenário na semana que vem. Eu estou ficando [no Brasil] um pouco em função disso", afirmou Haddad em entrevista na capital paulista.

Reforma do Imposto de Renda

A Câmara dos Deputados poderá votar o projeto de lei que isenta do Imposto de Renda (IR) quem ganha até R$ 5 mil. A proposta também prevê uma redução parcial do imposto para aqueles que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7.350. Um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estima que a mudança pode dobrar o número de trabalhadores isentos, de 10 milhões para 20 milhões. A redução parcial deve beneficiar 16 milhões de pessoas.

Atualmente, são isentos do imposto de renda aqueles que ganham até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 3.036 por mês. Em agosto, a Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o requerimento de urgência do projeto de lei, permitindo que o texto seja votado em plenário.

Decisão de Padilha

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também decidiu não integrar a comitiva brasileira que participará da assembleia das Nações Unidas. A decisão foi tomada após o governo de Donald Trump impor restrições ao visto do ministro. O visto concedido pelos Estados Unidos permitiria apenas deslocamentos restritos do hotel para a ONU e para instalações médicas em caso de emergência.

Em agosto, o governo Trump cancelou o visto da esposa e da filha de 10 anos de Padilha. Na época, o ministro estava com o visto vencido desde 2024, o que impedia seu cancelamento formal.



Com informações da Agência Brasil