ECONOMIA

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Haddad prevê queda dos juros "em breve" e 2026 "muito melhor"

(via Agência Brasil)

| Edição de 22 de setembro de 2025 | Atualizado em 22 de setembro de 2025

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou otimismo nesta segunda-feira (22) em São Paulo, ao afirmar que a taxa de juros no Brasil deve começar a cair de maneira "consistente e sustentável" em breve. Embora não tenha especificado prazos, Haddad está confiante de que, no próximo ano, "as coisas vão melhorar muito".

"Acredito que os juros vão começar a cair de forma consistente e sustentável", destacou o ministro. "Não sei exatamente quando, mas com os indicadores de inflação que estamos observando, o dólar no patamar atual e o contexto econômico, acredito que a partir do ano que vem a situação vai melhorar significativamente. E essa trajetória será sustentável", acrescentou.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a Taxa Básica de Juros (Selic) em 15% ao ano. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação, que é contida pelo encarecimento do crédito e pela desaceleração econômica.

O comunicado oficial do Copom justificou a manutenção da Selic devido à incerteza do ambiente externo, especialmente em relação à conjuntura e à política econômica dos Estados Unidos.

Evento Macro Day e a Discussão sobre Juros

Durante sua participação no evento Macro Day, promovido pelo banco BTG Pactual em São Paulo, o ministro Haddad argumentou que a alta taxa de juros no Brasil não se deve apenas à questão fiscal.

"Há outros fatores que explicam os juros no Brasil. O fiscal é importante, mas não é a única razão para o nível atual dos juros", afirmou.

Responsabilidade Compartilhada na Política Fiscal

Haddad também destacou que a política fiscal não é responsabilidade exclusiva do Executivo, mas também do Judiciário e do Congresso Nacional. Ele enfatizou a necessidade de criar condições políticas para fortalecer o arcabouço fiscal.

"Para fortalecer o arcabouço fiscal, é preciso criar condições políticas para dialogar com os parlamentares e ajustar algumas regras, caso contrário, o arcabouço não será sustentável a longo prazo", explicou o ministro.



Com informações da Agência Brasil