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Operações de crédito do BNDES chegam a R$ 230 bilhões

(via Agência Brasil)

| Edição de 14 de novembro de 2025 | Atualizado em 14 de novembro de 2025

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Entre janeiro e setembro deste ano, o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) aprovou R$ 230 bilhões em operações de crédito, tanto diretas quanto indiretas, incluindo empréstimos de outras instituições garantidos pelo banco. Esse montante representa um aumento de 39% em relação ao mesmo período do ano anterior. As micro, pequenas e médias empresas foram responsáveis por 67% desse valor, totalizando R$ 155,1 bilhões, dos quais R$ 91,3 bilhões em garantias e R$ 63,7 bilhões em crédito.

A instituição divulgou seu balanço operacional e financeiro nesta sexta-feira (14). A carteira total de crédito, que soma R$ 616 bilhões, cresceu 12% em comparação com o terceiro trimestre do ano passado, atingindo o maior valor dos últimos nove anos. Os desembolsos dessas operações também aumentaram 17%, alcançando R$ 101,9 bilhões de janeiro a setembro.

O diretor Financeiro, Alexandre Abreu, destacou um aumento de 50% nos valores destinados à indústria, somando R$ 27,3 bilhões, superando os R$ 24,9 bilhões contratados pelo agronegócio.

"Há pouco tempo atrás, a gente tinha a agropecuária maior do que a indústria. Isso demonstra o nosso foco na recuperação da indústria do país", ressaltou.

Embora a indústria tenha se destacado, todos os setores registraram aumento nas aprovações e nos desembolsos, exceto infraestrutura, que teve uma queda de 10% nas aprovações e estabilidade nos desembolsos.

Segundo o presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, o menor interesse por novas operações é parcialmente explicado pelos efeitos do tarifaço dos Estados Unidos, que gerou "certa insegurança em relação a investimentos que estavam sendo encaminhados".

Mercadante adiantou, no entanto, que um grande anúncio previsto para a próxima semana impulsionará o balanço anual.

"Em infraestrutura, diferente de indústria, agricultura e mesmo comércio e serviço, o BNDES só trabalha com projetos de grande magnitude. São ferrovias, rodovias, portos e aeroportos, metrôs, enfim. E nós tivemos um grande projeto que teve uma tramitação mais lenta. Já está aprovado, sendo concluído, mas está em fase de sigilo por exigências do mercado. Nós não podemos antecipar, mas é um projeto bastante grande que reverte esse cenário", acrescentou.

Lucro

O banco também divulgou os lucros obtidos este ano. Enquanto a quantia recorrente subiu 14% em comparação com o ano passado, chegando a R$ 11,2 bilhões, o lucro líquido caiu 9%, ficando em R$ 17,2 bilhões.

De acordo com o diretor Financeiro, Alexandre Abreu, grande parte da queda se deve aos dividendos que o banco recebeu como acionista da Petrobras, 54% menores do que no ano passado. Ainda assim, o presidente do banco, Aloísio Mercadante, considerou que o resultado foi "extraordinário" considerando esse fator e os efeitos do tarifaço.

Os ativos totais do banco continuam crescendo, atingindo R$ 905,8 bilhões em setembro, aproximando-se de R$ 1 trilhão, patamar que o BNDES já alcançou no passado e que a atual gestão espera alcançar novamente.



Com informações da Agência Brasil