ECONOMIA

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Preço de itens do café da manhã pode variar até 540% em padarias de SP

(via Agência Brasil)

| Edição de 15 de outubro de 2025 | Atualizado em 15 de outubro de 2025

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Uma pesquisa conduzida pelo Procon-SP em padarias da capital paulista e de outras dez cidades do estado de São Paulo revelou que o custo do café da manhã pode variar significativamente, dependendo do estabelecimento escolhido.

O pão brioche, por exemplo, pode ter um preço até cinco vezes maior em diferentes padarias de São José dos Campos. Em uma delas, o produto era vendido por R$ 16, enquanto o menor preço encontrado foi de R$ 2,50, representando uma variação de 540% no valor do item, conforme o local da compra.

O café coado também apresentou uma variação de 151%, sendo encontrado em Presidente Prudente por um preço médio de R$ 3,83, enquanto na capital o mesmo item custa, em média, R$ 9,61. Já o pão de queijo teve uma variação de 118%, com os preços mais altos na capital paulista (R$ 9,44) e os mais baixos em Presidente Prudente (R$ 4,33).

O quilo do pão francês, o favorito dos brasileiros, também mostrou variação de preços – até mesmo dentro da mesma cidade. Na zona leste de São Paulo, ele pode ser comprado, em média, por R$ 23,29, enquanto na zona oeste o preço sobe para R$ 24,35.

O combo de pão com manteiga na chapa e café coado foi o que mais variou entre os itens combinados, com uma diferença de 27% entre os bairros de São Paulo.

Em Bauru, o combo de pão de queijo com café coado foi o campeão de variação entre os itens combinados, com uma diferença superior a 200%, custando R$ 14 em uma padaria e R$ 4,60 em outra.

A pesquisa ocorreu entre os dias 23 e 26 de setembro. Na capital paulista, 50 padarias foram visitadas em todas as regiões da cidade. O levantamento também incluiu as cidades de Presidente Prudente, Araçatuba, São José dos Campos, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Bauru, Sorocaba, Santos, São Vicente e Campinas.

O Procon recomenda que os consumidores fiquem atentos aos preços, validade, peso e ingredientes dos produtos fabricados na própria padaria. Os preços devem estar claramente afixados e, em caso de diferença entre o valor exposto na gôndola e no caixa, prevalece o menor preço. O Procon também alerta que o pão francês deve ser vendido por peso e que não deve haver valor mínimo para compras com cartão.

Se o consumidor enfrentar problemas com preços ou atendimento, pode registrar uma reclamação no site do Procon. Outras irregularidades devem ser denunciadas à Vigilância Sanitária do município.

Dia do Pão

Amanhã (16) é comemorado o Dia Mundial do Pão. De acordo com o Sampapão, entidade que representa o setor de panificação e confeitaria de São Paulo, o Brasil é o país com o maior número de padarias no mundo, com mais de 70 mil unidades, quase metade delas (32 mil) na Região Sudeste.

Segundo a Euromonitor, que realizou um levantamento a pedido do Sampapão, anualmente são feitas cerca de 2,4 bilhões de compras em padarias no Brasil. No ano passado, o setor movimentou R$ 178,1 bilhões, com 7,6 milhões de toneladas produzidas, conforme dados da Euromonitor.

A expectativa é que, nos próximos três anos, o mercado total de produtos de panificação no Brasil (incluindo pães, doces, misturas para sobremesas, produtos assados congelados e bolos) alcance R$ 210 bilhões.



Com informações da Agência Brasil