A cesta básica dos paulistanos registrou uma queda de 2,21% entre julho e agosto deste ano, conforme dados do Procon-SP e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esse recuo mantém a tendência de diminuição observada desde maio. Contudo, ao longo dos últimos 12 meses, houve um aumento de 2,27% no valor da cesta.
Produtos que contribuíram para a queda
Entre os produtos que mais influenciaram a recente queda estão as carnes de primeira e de segunda, ovos, frango, batata e cebola. No período de julho a agosto, os itens de alimentação caíram 2,56%, os de limpeza 2,12%, enquanto os de higiene pessoal subiram 1,47%.
Em agosto, as maiores reduções foram observadas na batata (-20,73%), cebola (-16%), alho (-9,49%), ovos brancos (-6,59%) e pão de forma (-4,44%). As carnes de primeira diminuíram 3,60%, impactando a cesta em 0,51%, e as carnes de segunda sem osso caíram 2,80%, com um impacto de 0,22%. O frango resfriado inteiro teve uma variação de -3,36%, e o queijo mussarela fatiado reduziu 4,22%.
Aumentos notáveis
Os itens de higiene pessoal, como creme dental e absorvente, registraram aumentos de 3,42% e 2,25%, respectivamente. Outros produtos como leite em pó integral, presunto fatiado e biscoito maisena também tiveram pequenas variações positivas.
Variação Anual
Comparando agosto de 2024 com agosto de 2025, o custo da cesta básica ainda é maior, passando de R$ 1.267,12 para R$ 1.295,86. O pico de preço foi em abril de 2025, quando a cesta custou R$ 1.369,81. As proteínas de origem animal foram as que mais impactaram, com as carnes de segunda sem osso subindo 24,40% e as de primeira 20,21%. O café em pó foi o item com maior aumento, de 72,58%.
Outras variações
Outras proteínas, como linguiça fresca, frango resfriado inteiro, salsicha avulsa, presunto fatiado e ovos brancos, também subiram, enquanto o queijo mussarela fatiado foi a única proteína a registrar queda. As reduções mais significativas no período foram da batata, cebola, arroz e feijão carioquinha.
Embora agosto tenha trazido uma melhora em relação a julho, a análise dos últimos 12 meses ainda aponta para um aumento nos preços.
Com informações da Agência Brasil